quinta-feira, dezembro 29, 2005

Tudo bem, eu sei que era Natal, mas depois do bêbado querer me ensinar a validade da vacina antitetânica, a posição correta pra examinar e suturar o estrago que ele fez no pé ao cair da moto, a necessidade de anestesia e seu efeito em alguém que havia bebido "mas não estava bêbado" e como dar os pontos, sugeri que ele mesmo suturasse. Paciência tem limite, ainda mais com TPM.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Faxina de Natal

Apartamentos deveriam ser auto-limpantes, como fornos e geladeiras.
Depois de farinha de osso, fertilizante químico, húmus de minhoca, outro fertilizante químico e uma emulsão de sabão e óleo mineral, meu pé de romã parou de cair as folhas e resolveu criar nova vida.
Mais de 100 filmes em VHS e contando.
Eu podia jurar que tinha recebido "A cor púrpura de volta".
O computador não aceita o mouse e apita igualzinho aos respiradores de UTI.
Nem pelo falecido papa eu enfrentaria o supermercado hoje!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Ontem eu fiquei pensando: o quanto mudaria a minha vida se eu morasse em uma cidade onde eu não tivesse medo de andar na rua?

Depois que eu li esse post da Ana Paula eu estou cada vez mais decidida a fazer de Recife ponto de apoio e me mudar pro interior. É, eu, a louca por cinema e que sentia falta da civilização quando mudei de Boa viagem pra Cidade Universitária por não ter um supermercado pra comprar sorvete à meia-noite se desse vontade. Que já fiz feira às duas da manhã, que vivo através do computador. E daí?

Meu canto

Meu primeiro apartamento não tinha luz no quarto, só um buraco com fios. Minha física de segundo grau deu pra instalar uma luminária, mas não pra descobrir que a mesma viera com defeito de fábrica. O cano da cozinha tinha cimento dentro, o tanque estava mal-assentado.
O segundo não tinha varal e tinha uma goteira no escritório ainda que houvessem mais dois andares acima dele, o que estragou alguns bons livros.
Passei um ano usando o banheiro da dependência de empregada no terceiro, porque primeiro tinha que consertar o registro geral, depois a torneira do chuveiro, o cano da pia e um vazamento do andar de cima que destruiu o teto. Quando finalmente terminei tudo, o dono pediu que eu saísse.
Agora eu fiquei sem guarda-roupa e as paredes desse última não vêem tinta há um bom tempo.
Eu PRECISO ter minha casa, em definitivo.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Gostinho de infância

Torta de farinha láctea

Ingredientes:
5 colheres de sopa de açúcar
3 colheres de sopa de manteiga
5 colheres de sopa bem cheias de farinha láctea
1 lata de creme de leite
2 ovos
1 copo de leite
2 colheres de sopa de nescau

Misturar bem o açúcar com a manteiga, as gemas, o leite, a farinha láctea e o creme de leite. Dividir a massa em duas. Acrescentar em uma das partes, as 2 colheres de nescau. Em um pirex colocar uma camada amarela e outra marrom.
Bater 2 claras em neve com 2 colheres de açúcar e cobrir a torta. Levar ao forno quente para escurecer o suspiro. Colocar no congelador.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Wouldn’t it be nice

Descobri The Beach Boys graças a Love Actually e apaixonei de vez em Como se fosse a primeira vez.

Wouldn’t it be nice if we were older
Then we wouldn’t have to wait so long
And wouldn’t it be nice to live together
In the kind of world where we belong

You know it’s gonna make it that much better
When we can say goodnight and stay together

Wouldn’t it be nice if we could wake up
In the morning when the day is new
And after having spent the day together
Hold each other close the whole night through

Happy times together we’ve been spending
I wish that every kiss was neverending
Wouldn’t it be nice

Maybe if we think and wish and hope and pray it might come true
Baby then there wouldn’t be a single thing we couldn’t do
We could be married
And then we’d be happy

Wouldn’t it be nice

You know it seems the more we talk about it
It only makes it worse to live without it
But lets talk about it
Wouldn’t it be nice

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Plantão

Então restou-me só esse plantão do domingo. Natal e Ano-Novo de plantão, fazer o quê? não serão os últimos com certeza.Tranquilo, tranquilo, exceto pelo paciente internado que tentou fugir pra comprar dipirona, quando já tinha tomado um comprimido da mesmo há uma hora, pela dondoca que esperou menos de dois minutos pelo atendimento e criou confusão, recusou o voltaren injetável e acabou indo pra cidade vizinha porque não tinha mais técnico pra fazer o raio-x do nariz quebrado dela (disse ela que foi uma queda, sei lá se foi alguém menos educado que eu que lhe deu um murro?). Acordei às cinco e meia com uma moça aos gritos com uma cólica biliar, coitada.
Uma vozinha veio com erisipela às 11 e meia da noite, que a incomodava há dois dias. Diga-me: por que não veio de dia? Aliás, po que a moça que deu uma topada no dedão e deixou inflamar, criar pus, veio às nove da noite também? Em um domingo? Por que a asmática grave, que cansou de manhãzinha só apareceu às sete e meia, na hora que ia começar "Onze homens e um segredo" (única opção da noite porque a TV só estava pegando o SBT)?
E principalmente: por que eu não jogo na senna, lotomania, baú da felicidade ou coisa que o valha pra sair dessa vida?

sábado, dezembro 17, 2005

Falta de educação

Então depois de uma noite pra lá de divertida eu sigo pro meu segundo plantão em outra cidade. Ainda fui de carona com uma colega, que fez cinco dos sete gols da partida, relembrando os tempos da faculdade, de ex-namorados e professores. Ou seja, eu estava com um humor excelente. Cheguei, troquei de roupa e cadê a auxiliar de enfermagem da emergência? tinha paciente pra atender? O vigia, que não tem nada a ver com isso, foi ver. Tinha paciente esperando mas não tinham feito a ficha. Eu fiquei esperando enquanto a ficha vinha. Cadê a pressão? A auxiliar não tinha verificado. O vigia foi chamar a auxiliar. Ela veio, com cara de poucos amigos. "É pra ver a pressão lá no posto, não aqui na sala do médico, os pacientes sabem disso", e arrancou a ficha do primeiro paciente que não havia entrado no consultório porque a cadeira de rodas era muito grande. Eu esperei, esperei, conversei com o paciente, vi os exames dele e nada da auxiliar e nem da ficha pra eu escrever. Fui até o posto de enfermagem. "O paciente é deficiente, está numa cadeira de rodas, não pode vir até aqui sozinho. Dá pra verificar a pressão lá? E você ficou com a ficha, eu preciso escrever". "Então o vigia que carregue o paciente até aqui. Mal acabou de chegar e já está mudando tudo". "Eu não vim pro plantão pra ser mal-tratada, eu devia é ir embora" "Pois vá".
Agora me diga: é mais fácil carregar uma pessoa até o aparelho de verificar pressão ou o contrário? Sem falar que o paciente estava doente?
Era meu segundo plantão e a segunda auxiliar que me deixava esperando com alguém doente. Nas duas vezes eu tive que ir atrás da auxiliar e me responderam com quatro pedras na mão. Dez minutos depois eu estava saindo, não sem antes avisar às pessoas que esperavam porque estava fazendo isso.
Eu sou médica, não sou saco de pancada. Que um paciente me trate mal de vez em quando, eu não admito mas aceito, mas ser destratada pela equipe, seja médico, enfermeiro, auiliar de enfermagem, sistematicamente, não. Foi a segunda vez ali, não haverá uma terceira. O pior é que eu precisava do dinheiro, mas preciso mais ainda de amor-próprio (não estou falando de orgulho).

Depois o diretor me telefonou e soube que a mesma estava suspensa, porque isso vive acontecendo por lá, com diversas auxiliares e á única maneira de educá-las é fazendo perder parte do salário.

Uma noite maravilhosa

Depois de alguns dias bons, a semana seguiu maravilhosa.
Começou com a visita de uma amiga de 25 anos. Sim, senhoras e senhores, temos 25 anos de amizade! Mesmo com diferenças de personalidade e a distância -voltei pra Recife há 13 anos, depois de morar 17 em Natal, enquanto ela está há oito anos em SP-nos vemos pelo menos uma vez por ano e a família dela é mais próxima que a minha própria. 24 horas de uma companhia assim fazem milagres. Ainda mais com a receita de uma sobremesa de infância...
Ainda veio a maravilhosa notícia que meu irmão querido vai noivar, e ainda trocou a data do noivado porque eu tinha plantão. Consideração é tudo. Finalmente encontrei "Uma mente brilhante" pra vender em VHS na locadora. Esse filme sempre arruma minha cabeça. Se Nash conseguiu um Nobel tendo esquizofrenia, porque eu não posso viver com minh depressão endógena?
Então...eu fui trabalhar na quinta e descobri que o pessoal do hospital onde trabalho há um ano bolou uma confraternização pra lá de diferente: um jogo de futebol. Organizaram um jogo pros homens e outro pras mulheres, e era na quinta mesmo. Eu é que não sabia de nada, tinha plantão no dia seguinte em outra cidade. Quer saber? Vou ficar!
A mais sábia decisão da minha vida. Nunca ri tanto. Você já ficou com o queixo doendo de tanto rir? E continuou rindo? Porque perna-de-pau não faltava. Teve gol contra, gente comemorando porque ganhou cartão amarelo, gente correndo do gol com medo de levar bolada, jogador chamando o juiz (que é médico) de ladrão, médico bêbado jogando, míope jogando sem os óculos... A câmera fez falta. Não pude jogar porque uma hora antes havia me consultado com o ortopedista do hospital e meu joelho está cheio de problemas. Lá se foi minha aula de dança (que eu ia começar ainda).
Depois a turma seguiu prum barzinho só pra tomar umas poucas cervejas ou refrigerantes.
Já estamos marcando o próximo jogo.

Obrigada pelo apoio

Acho que todo mundo tem dias difíceis. Eu tenho muitos, com essa depressão que me acompanha há dez anos. Quem sabe um dia eu fale aqui sobre isso. Agora, eu só gostaria de agradecer pelas mensagens de apoio. Eu tinha desistido de tudo, mas ainda é tempo de voltar atrás na decisão.
Vamos em frente! Menina Nina, obrigada, mesmo sem te conhecer. Raquel, I want to believe.

sábado, dezembro 10, 2005

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Duvida?

Este post é de abril. Tirando Ado e Nikita, está tudo igual.

Sei lá que dia é hoje

Enjôo persistente. Não, não estou grávida. Esse enjôo me acompanha há uns quinze anos. Voltou há uns tempos. Vem me perseguindo nos últimos dias
E lá vem Niki, arrastando o pano de chão. Já pegou os sapatos de Ado, tirou as meias. Tão meiga ela é. Adora Tic-tac de menta. Está ficando grisalha. Interessante, ela que vive me enlouquecendo e é quem fica com os cabelos brancos. EU quem devia estar grisalha.
O apartamento tá uma zona. Cansei de arrumar e viver tudo bagunçado mesmo. Tem tanta coisa pra ler, pra estudar, tem tábuas do guarda-roupa por todo canto, serragem, desenhos de projetos do escritório, do quarto de Niki, do quarto de dormir. Roupas pra passar, roupa lavada estendida na corda, mais roupa pra lavar. Finalmente o chão do banheiro está limpo, mas foi preciso limpar com ácido muriático (blearg). Meu pé de jibóia parece que se foi mesmo. O pé de pimenta quase ia morrendo, de novo. É muito sensível à falta de água.
Domingo eu consertei o ferro de passar enquanto ouvia a corrida de F1. É duro reconhecer, mas aquele s.o.b. do alemão é mesmo um piloto incrível. Largar de 13º e chegar em segundo, deve ter algum pacto com Lilith ou o próprio Lu. Ontem foi dia de consertar o ventilador. Pois não é que essa cachorra maluca bateu nele enquanto corria e voou pedacinho de plástico pra todo lado? E isso depois de ter desmontado e montado o motor, pra descobrir que tinha uns parafusos faltando (como é que esses parafusos caíram e eu não vi?).
Agora Niki está roendo o osso em cima do meu tapete de estrelinhas! Nada contra quando ela cochila nesse tapete, aquele calorzinho aos meus pés de madrugada. Mas agora ela não me deixa escrever. Tem hora que parece um bicho-carpinteiro (alguém sabe afinal como é esse tal bicho?)
Certamente eu tenho uma visão alterada da realidade. Depois de assistir “Antes do pôr do sol”, um roteiro maravilhoso, eu desabei de vez e não fui trabalhar ontem, nem sei se vou amanhã.
“Tanto a fazer, tão pouco feito”. Acho que foi Churchil quem disse isso.
Ando pensando em pintar as paredes, uma de cada cor. A minha impressão é que está tudo cheio de manchas, de marcas. Vontade de tomar um porre, de quebrar tudo, apagar os arquivos do HD, de me apagar. (O que será que acontece se um cachorro come todos os tic-tacs da embalagem?). Tenho que comprar massa para madeira, tinta branca fosca, massa corrida, buchas (No 8 ou 10?) , parafusos, suportes pra prateleiras (o guarda-roupa desmontado rendeu tanta tábua que finalmente meu serrote arranjou o que fazer), comprar tempo, paciência, coragem e uma roupa que caiba em mim sem parecer que foi da minha mãe.
(Hum! Cachorro com hálito de menta). Jogar metade dessa papelada fora, desses posts, jogar tudo pro alto- emprego, idéias, cachorro, plantas- jogar contra a parede, entregar o apartamento e jogar fora a coleção de canecas de cerâmica, doar os livros de poesia e rifar a coleção de AX, recolher os livros que emprestei e devolver os que peguei emprestado. Jogar minha vida fora, numa lata de lixo não-orgânico e não-reciclável.

Meios de morte lenta

Há muitas maneiras de se cometer suicídio, não é apenas se jogar da varanda.
Seguir uma rotina, sentir-se inútil, se debater sem sair do lugar, faltar com a palavra, sentir culpa eternamente, são algumas maneiras.
Ter sonhos vívidos de como poderia ter sido se..., reconhecer que não se chegou a coisa alguma, não conseguir manter a agenda, as contas, os compromissos, os planos, os estudos, nada em dia, são maneiras ainda mais requintadas.
Não é preciso beber, fumar ou se drogas para cometer suicídio lento. Sei de tantas maneiras que encheria um livro.

Ando pensando seriamente em apressar as coisas.E ninguém percebe.
De todos os colegas no jantar de confraternização (5 anos de formados) eu era a única sem residência. Umas das poucas sem acompanhante, sem filho. A única sem carro.

O que eu fiz comigo?

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Pra Fal

Já que a Fal está colecionando exemplos de meninos mal-educados, resolvi postar novamente essa história, que aconteceu no início deste ano.

Silêncio. Eu quero rezar!

Fomos à missa depois. Pois dá pra acreditar que havia um menino sentado no chão e jogando videogame, com som, durante a missa? E esse era o mais educado, porque não fazia muito barulho. Havia mais dois, de uns quatro ou cinco anos que não pararam durante toda a cerimônia. A Igraja lotada. Eu não via o padre, só ouvia, e tentava me concentrar com as crianças aos gritos, correndo na minha frente. E era um sermão tão lindo! O cúmulo foi durante o Pai-Nosso. O padre, acho que ele é da Carismática, resolveu fazer algo diferente e iniciou a Oração de São Francisco. Eu não escutava nada. Fiz “psiu” bem alto. E os meninos nem aí. ”Silêncio”. Nada. Eu já não cantava, berrava, tentando ouvir minha voz, porque a do padre já tinha sumido. Parei, olhei pros meninos e disse “meninos, vamos rezar?”. Parecia que eu tinha falado aramaico. Acho que ninguém explicou que aquilo era uma Igreja, pobrezinhos. Imagina pedir pra “comprender mais que ser compreendido” quando queria dar uns tapas naquelas pestes. Até que perdi a paciência e me ajoelhei pra falar com eles. Expliquei que era preciso silêncio pra rezar e perguntei pela mãe deles. Não souberam responder. Eu falava mesmo aramaico e não tinha tecla SAP. Depois disso eles continuaram conversando enquanto eu tentava rezar e de repente sumiram. Acho que a mãe chamou-os.
Pra quê alguém leva crianças para a missa se não é pra ensinar a rezar? Se ainda fossem muito pequenos! Mas não eram. Se conseguiam estabelecer uma conversa sem fim, eram capazes de entender o que era uma missa. Naquele dia lembrei de uma amiga que adora declarar “eu chutaria criancinhas”. Eu adoro crianças. Crianças bem educadas, ressalte-se. O resto da missa perdeu a graça, eu não fiquei cheia de energia pra semana e sim tremendo de raiva.

terça-feira, dezembro 06, 2005

A vingança

Então me mandaram uma pilha de prontuários onde faltavam as evoluções dos domingos (meu plantão). Copiei, de novo, a resolução do Conselho Regional de Medicina e o artigo 33 do Código de Ética Médica.

É de responsabilidade do Gestor, Diretor Técnico e/ou administrador dos serviços de saúde, o provimento dos profissionais médicos para assegurar a devida evolução dos pacientes em finais de semanas e feriados garantindo a qualidade do atendimento, sendo função do plantonista apenas o atendimento de intercorrências.

É vedado ao médico assumir responsabilidade por ato médico que não praticou ou do qual não participou efetivamente.

Ou seja, se eu nem vi esses pacientes, como posso escrever que examinei e prescrevi medicação para os mesmos?

Cara de tia boazinha

Então eu fui fazer o segundo corte de cabelo do ano, porque eu não tenho saco pra salão e meu cabelo é bonito porque quer, eu só faço lavar com o xampu da promoção e já é favor. Está fazendo um calor dos infernos aqui, então, tesoura nele.



E aí? Não pareço uma doutora boazinha, dessas que não assusta crianças?
Se eles soubessem...

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Vc descobre que depois de três doses de Teachers não digita muito bem.


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Plantão FPD e a mulher me acorda às três da manhã porque não faz cocô há 4 dias. "SOUBE QUE UMA VIZINHA FICOU IMPANZINADA E MORREU!". ISSO É UMA EMERGÊNCIA DESDE QUANDO, PORRA?

Detalhe: ela estava com uma dor de coluna FPD mas estava preocupada com prisão de ventre.

* * *
Eu vou ali tomar mais uma dose.

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Vou ali me agarrar com o Harry (Potter).

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O que eu fiz com a minha vida?