quarta-feira, junho 25, 2014

Sala de estar: work in progress

Além das suculentas, trouxe uma orquídea pra casa. De todas as plantas que já tive, foi a que menos me deu trabalho. Sem falar que, não é linda?


O aparador, montado por mim, e o espelho são da Meu Móvel de Madeira. Custaram R$ 404,10 e R$305,10, respectivamente. A petisqueira de porcelana veio da Rua das Calçadas, em Recife, e custou 14 reais há uns 6 anos. As bolinhas de canela, anis e café custaram 10 reais cada, na Feirinha da Torre, em Brasília, em 2010. As outras bolas foram presente. A orquídea custou R$65,00.

Escritório na reta final

Haverá home office mais 'casinha de boneca' do que esse? Eu não planejei assim, simplesmente foi acontecendo. Procurei por dezenas de escrivaninhas brancas que coubessem nesse espaço, outras cinquenta cadeiras e uma porção de prateleiras. Tinha que ser uma escrivaninha xerife - sonho de uma vida -, uma cadeira com linhas que combinam perfeitamente e uma prateleira com suportes de design romântico.



Eu não sabia bem o que fazer com a parte de cima da escrivaninha. Estreita demais pra livros e eu não gosto de bibelôs. Então lembrei desses cachepots que comprei pro meu primeiro apartamento, na intenção de plantar violetas. Já tentei kalanchoes e sei mais lá o quê. O único tipo de planta que pareceu gostar deles foram as suculentas, por isso, fui à procura de mais alguma. Justamente ontem, só havia um vasinho, mas eu me rendi às fac simile de plástico. Lado a lado, você fica em dúvida quem é quem.

segunda-feira, junho 23, 2014


Cidades pequenas têm mania de feriado. De imprensar dias de trabalho também. Por alguma razão, onde eu trabalho, nunca avisam que o dia foi imprensado, exceto na véspera. Geralmente a véspera é um domingo ou o próprio feriado, quando ele cai numa quinta-feira. É de deixar qualquer um louco de raiva, porque a pessoa poderia viajar, mas não, você sai na sexta-feira com o aviso que é feriado na terça por causa do São João e tem expediente até meio-dia na segunda-feira por causa do jogo do Brasil (não sei por que, uma vez que o jogo é às cinco da tarde), e no meio da tarde do domingo é avisada que não tem expediente na segunda. Detalhe: não foi a supervisora ou a enfermeira quem avisou. Foi uma agente de saúde de outro posto que me conhece e mandou mensagem pra mim e pra enfermeira. Tudo muito organizado nesse país que ainda não troquei pelo Canadá por causa dessa doença horrível.

Só consegui adormecer lá pelas três da manhã. Insônia é um dos sintomas que aparecem quando começo a ciclar. Sonhos vívidos e desconexos também fazem parte do pacote. Náusea e dor de estômago têm sido frequentes e eu não duvidaria de uma gastrite. Acordei me sentindo mal e fiquei pior ao longo da manhã. Foi preciso muita força de vontade pra me convencer que o único meio de melhorar era comprando as medicações.

Consegui sair de casa às dez e meia. Ficou faltando a bupropiona original, mas deixei encomendada. Como recompensa, apareceu a luminária que eu procurava há muito tempo, em mais de uma cidade e em diversos sites, numa loja que acaba de abrir aqui. Não tem lá, mas perguntei se existia e a dona disse que podia encomendar. Compras pequenas de puxadores pra estante do escritório, rolo, pincéis, corantes, que eu nunca fazia e que me impediam de terminar a decoração do escritório e da sala. Suculentas de verdade (e de plástico) para decorar a escrivaninha e uma orquídea pra sala porque é uma planta de fácil manutenção, como as suculentas.

Se a náusea deixar, pinto ou envernizo alguma coisa hoje ou amanhã.

domingo, junho 22, 2014

Olhar e não comprar

Uma das coisas que acontece com um bipolar descompensado é sair comprando sem parar. Comigo, talvez porque eu deteste fazer compras, eu só olho as coisas, raramente compro. Nessas épocas, me divirto olhando páginas e mais páginas de canecas, camisetas e mousepads de minhas séries favoritas. Hoje estou vendo, literalmente, milhares de pijamas com temas geeks na Cafe Press. Salvo as fotos do que gosto e isso me basta. Será que serviria como terapia pros compradores compulsivos?

Sem sair do lugar

De novo. Não posso nunca, nunca, deixar as medicações compradas na capital acabarem. Aqui sempre faltam os originais. Similares e genéricos não fazem o mesmo efeito, não importa o que digam o Governo e os laboratórios. Eu sei como meu organismo reage. Fica faltando aquele raiozinho de sol e eu recomeço a chorar. Fiz uma cena vergonhosa há dois dias no meio do posto por causa de uma besteira, briguei com uma comunitária. Já pedi desculpas, mas estou péssima por causa do acontecido desde então. Já estava mal, mas depois da discussão fiquei muito pior. Disse à mulher que era TPM e ela foi supercompreensiva, toda mulher entende TPM e a irritação da depressão é muito semelhante mesmo. Eu já disse, certa vez, que ter depressão é como ter TPM os trinta dias do mês.

Por isso, tudo está parado de novo. As enxaquecas voltaram. A labirintite está rondando. Ainda não fiz os ácidos pros peelings. Preciso mandar uma proposta, URGENTE, pro trabalho de conclusão de curso em Saúde Pública. Estive pensando em algo como a geração espontânea de louça na pia da cozinha ou sugestões para a auto-organização de habitações humanas. Isso porque não consigo manter nada organizado. Tenho vontade de comprar tudo que vejo, algo totalmente anormal pra mim. Só não compro o que está na minha lista há meses.

Não termino nunca de pintar a sala de estar, não compro a tinta pra sala de jantar, não coloco a prateleira pro telefone, a estante continua sem puxadores, o sofá do escritório continua sem cobrir e as janelas estão sem cortinas. Dei as antigas estantes do corredor e não chamei o gesseiro pra fazer a estante nova. Todo dia, eu faço uma lista do que fazer, e não faço nada, ou quase nada. Se as pessoas tivessem noção do que faz a depressão, haveria bem menos seres humanos classificados como preguiçosos neste planeta. Inclusive, eu me pergunto como consigo me manter trabalhando.

Não consigo emagrecer. Não é só comer menos e certo, é o estresse que mantém o peso extra. Há semanas que quero começar um exercício físico. Até consegui ir à academia, encomendei as roupas, mas não consigo começar. O mal estar físico ou emocional sempre atrapalha. De dez objetivos para um dia, eu consigo alcançar um. E dou-me por satisfeita porque geralmente é algo relativo a algum paciente.

Do que consegui recentemente, eu comemoro mais de duas semanas sem comer sorvete, voltar a consumir suco de frutas e verduras regularmente, reorganizar o guarda-roupa de trabalho e fazer as sobrancelhas. Finalmente encontrei o adesivo que procurava para colocar no hall (eu sempre quis um hall, um lugar pra largar as coisas quando chegasse). Também encontrei os ladrilhos adesivos adequados ao banheiro. O visual que está lá agora é temporário, fruto da necessidade. Foi uma reforma feita às pressas: revestimento das paredes com cimento queimado, pintura com tinta acrílica e cinco faixas de adesivos de conchas comprados na loja de R$ 1,99.

Quero retomar meus projetos e percebo que, para isso, o primeiro objetivo a alcançar é comprar as medicações originais. O problema é que detesto ir à capital. Especialmente quando estou descompensada.

terça-feira, junho 17, 2014

Muuuuito geek!

A Made With Molecules foi descoberta de Grissom's Girl. Ela me mostrou esses pingentes de bases nitrogenadas para você usar combinando com sua cara-metade ou aquele amigo que se encaixa perfeitamente com você.


Eu gostei mesmo foi dos pingentes de neurotransmissores:

Na ordem: GABA (Relaxation), Norepinephrine (Excitement), Acetylcholine (Learning), Serotonin (Happiness), Glutamate (Memory), Dopamine (Love).

Na ordem: norepinephrine, acetylcholine, and dopamine (responsáveis pela concentração)

Bracelete com neurotransmissores, que podem ser combinados: acetylcholine (learning, (memory, dreaming), dopamine (love, pleasure, drive), GABA (general relaxant), glutamate (general stimulant), norepinephrine (focus, drive), serotonin (happiness, relaxation, satisfaction).

E essa é a teobromina, substância presente no chocolate, e que dá sensação de satisfação. Não é um jeito muito geek de declarar amor por chocolate?


quarta-feira, junho 04, 2014

Mais Médicos

A secretaria de saúde pede, novamente, meus documentos e número da conta bancária. Será que agora sai a ajuda de custo? Nem me atrevi a perguntar pra não me aborrecer. Enquanto isso, O Ministério da Saúde, enviou dois emails: no primeiro, informa que o pagamento da bolsa só pode ser feito numa conta salário (por que pagaram na conta corrente até agora?) e pede que eu abra uma, sem ter comprovante de renda. No segundo, pedem o cadastro do NIT (número de identificação do trabalhador), possivelmente pro INSS. Eu tenho NIT há 11 anos, pelo menos e informei o número durante a seleção. Tentei atualizar os dados pelo endereço fornecido no email durante todo o fim de semana e não consegui. Mas falei com o pessoal da prefeitura e eles disseram que podem fazer isso pra mim, basta levar a cópias dos documentos.

domingo, junho 01, 2014

Cantando e dançando


Queria entender por que em certos dias eu acordo tão mal que quase não saio da cama pra ir pro trabalho, mas quando fecho a porta e desço as escadas pra abrir o portão, saio cantando. Sempre. E geralmente dançando. Às vezes temo perder o equilíbrio, inclusive, por causa da labirintite. Mesmo que eu chegue no trabalho e a dor de cabeça comece, que eu fique tão mal humorada que queira morder alguém, eu saio de casa feliz porque vou para aquele lugar. Gosto das pessoas que trabalham comigo e da população que atendo.