Entre os boicotes do servidor, o trabalho no posto e o trabalho de escrita, ando sem muito tempo pra postar algo. Na verdade, ando navegando menos e pesquisando mais. o Google ficaria rico se eu pagasse dez centavos por cada pesquisa. De qualquer modo, olha o convite que chegou:
Ir, não ir. Ser ou não ser. Viver ou não viver...
***
Grissom's Girl acaba de me enviar notícia do blog da Déia: Jorja Fox assinou pra participação especial na season premiére da décima temporada de CSI e pra mais quatro episódios. Hum, como diz Grissom's Girl,'se teremos Sara, teremos Grissom'. Resta saber como WP vai arranjar tempo, se está com 'Blackbird' nos palcos até 9 de Agosto. As críticas estão veementes, contra ou a favor do personagem, mas sempre veementes.
segunda-feira, julho 20, 2009
Dando um tempo
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quarta-feira, julho 01, 2009
É disso que são feitos os sonhos
Em 1990, eu estava no primeiro ano da colegial quando Arquivo X começou. Onde eu morava nem mesmo passava a série porque o sinal da Rede Record não chegava na cidade onde eu morava. Parabólica era algo que eu via nos filmes e nem me passava pela cabeça comprar algo do tipo porque era caríssimo. Para se ter uma idéia, eu vendi um monte de pastéis pra vir fazer a prova do Vestibular em Pernambuco. Nasci aqui, cresci fora do Estado e acabei voltando porque lá não existia a faculdade que eu queria.
Então eu fui morar em Recife, algo que eu passei a vida sonhando. Se eu imaginasse que seria tão feliz fora de Recife, talvez nunca tivesse saído de cidade onde cresci. De qualquer modo, em Pernambuco tinha Record. Arquivo X me fez aceitar meu sobrenome e minha esquisitice. A Dra Scully confirmou que ciência é o começo e o fim. Mulder provou que fé em algo é o meio. A verdade estava em algum ponto entre tudo isso.
A série me fez conhecer gente boa, estabelecer um contato com meus familiares mais próximos e graças àqueles agentes do FBI, eu conheci Vicky e Fernanda, comecei um blog e eu tenho o registro exato do dia em que tive contato com primeira história de Arquivo X: era dia de eleição e eu levei a novelização do 'Piloto' da série pra ler na fila de votação.
Eu nunca mais fui a mesma pessoa.
Arquivo X foi a primeira série em que o público REALMENTE decidiu o que deveria acontecer. Chris Carter não queria o envolvimento romântico entre Mulder e Scully, nós shippers queríamos, combatemos os noromos de plantão e olha aí William Scully pra provar isso (tinha que ser um William, né?). O primeiro DVD que eu ganhei continha o episódio final duplo que encerrou a nona e última temporada e incluía 'William', o episódio onde Scully abria mão do filho para deixá-lo longe dos híbridos alienígenas.
(Claro, eu só tive um DVD player cinco ou seis anos depois, mais isso não vem ao caso)
Eu descobri que existiam outros sonhadores como eu, gente que cria as próprias histórias com os personagens prediletos. Naquela época a internet era menor e quem tinha acesso aos fóruns, discutia do corte de cabelo de Mulder às teorias de conspiração do governo dentro do governo. Teve gente abençoada que conseguiu conhecer pessoalmente os escritores de AX e existe pelo menos um episódio escrito por um eXcer! Mais de um personagem com nome de eXcer, na verdade.
Até hoje, eu vejo o nome de Ron Howard nos filmes, de Mark Snow em Smallville (tá, o William B. Davis também apareceu em Smallville), reconheci o ator que fez Eugene Tooms no 'Stalker' de CSI (eu sei, Scully também fazia perícia, eu gosto de ciência, certo?) e continuo sustentando que Arquivo X abriu caminho pras séries de criminalística e de aventuras paranormais. CSI, Bones, Without a Trace, Cold Case, tudo me lembra Arquivo X.
Desde então, eu só tive outro amor, mas continuo fiel a quem abriu meus olhos para o mundo. Hoje em dia, a internet me permite saber tudo sobre CSI e eu vi e revi cada um dos mais de 200 episódios das nove temporadas. Nunca pude fazer isso até hoje com Arquivo X.
Dá licença que eu vou começar.
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