terça-feira, junho 14, 2011

Dia de Estrela

Hoje é o dia mundial do doador de sangue (o dia nacional é 25 de novembro).



P.S.: Ministério da Saúde quer implantar em todo o país teste que torna doação de sangue mais segura

O Ministério da Saúde quer implantar o teste NAT (sigla em inglês para Teste de Ácido Nucleico) em todos os hemocentros do país até o fim do ano para tornar mais segura a transfusão de sangue no país. A meta foi anunciada hoje (14) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Com o teste em uso, o ministro prevê que o período de restrição para doar poderá ser alterado. O NAT reduz a janela imunológica, que é o período de tempo em que uma pessoa é contaminada e não é detectada pelos exames feitos na hora de doar sangue. Com o teste, o intervalo de detecção do vírus HIV cai de 21 para dez dias e, no caso de hepatite C, de 70 para 21 dias. Produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o teste já está sendo usado em São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina e no Rio de Janeiro – aplicado em 200 mil amostras de sangue. O Distrito Federal e Minas Gerais são as próximas unidades da Federação a recebê-lo. Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, junho 13, 2011

Estrelas

Anteontem foi dia de estrela porque foi aniversário de mi hermano. Somos irmãos de sangue e de coração, acho que isso diz tudo. Essa é pra ele, que gosta de roseiras:



Hoje é dia de estrela porque é o 123o aniversário de Fernando Pessoa, e depois que conheci a história de sua obra, passei a me sentir mais 'normal', com essa penca de personagens, de tão variadas personalidades. Não é o mesmo que Fernando Pessoa e seus heterônimos, mas deu aquela sensação de pertencer a algum lugar. Nem que seja o dos que vivem em várias dimensões, às vezes ao mesmo tempo.

quinta-feira, junho 09, 2011

O que é importante

'O que você faz, é importante. Mas não tão importante para ser sua vida toda.'

(Sully em 'Bones',2x16,'The Boneless Bride In The River')

Não sei se já citei essa fala aqui, mas é mais uma daquelas pra virar plaquinha no consultório e não me deixar esquecer de viver.

Lembrei de Vicky:


Imagem do Achados de Decoração.

quinta-feira, junho 02, 2011

Prazeres Simples

Teclando ainda agora com Grissom's Girl, saiu-me esta:
'A maioria de tudo, só se percebe a importância quando não se tem'.

É certo que eu falava da falta que a teclinha 'tab' fez-me esta semana. Caiu sem querer e a falta de tempo ainda não me permitiu ir à loja colar - deve ter cola especial pra isso, pensei, ainda mais que o pino caiu no minuto seguinte, e por mais fã de SuperBonder que eu seja, a expressão mais precisa é: 'não rola'. E não, mi hermano não faz milagre à distância, exceto com o telefone e o 'LogMeIn' (xi, cara, tá desabilitado, nem tente).

Como a faxineira está confirmadíssima pra amanhã, eu vou resolver isso. Porque hoje, eu - que nem via muita serventia na tecla 'tab', exceto alternar telas, e isso é importante! - cheguei ao ponto de declarar que "a falta de uma tecla 'tab' faz a pessoa perder tempo e ficar procurando o MSN, o Windowns Explorer, o word, portanto, descobri a função da tecla 'tab'"!.

Isso tudo pra dizer que a tal tecla tab fez-me lembrar dos prazeres simples:








Essa última é do 'Achados de Decoração'.

Atualização:

Meio-dia e cinqüenta minutos. Parece que ontem acertei na dosagem da medicação pra ‘apagar’ (embora nunca consiga dormir, de fato, antes da meia-noite) e, como deu saudade do tio (Bonner se auto-denomina assim na rede) e ele nos cumprimentou ao vivo no twitter. Passei parte desse tempo com o JN, parte arrumando a cozinha, parte bolando um marcador novo (bolas, o colar de Suzi que não ‘surge’ na imaginação!), parte, claro, ouvindo ‘Bones’, porque estou cansada de ouvir. Eu sei, o Booth é lindo, mas não é WP, então melhor treinar o inglês, tentar dormir e ficar ouvindo. Quem sabe eu sonho... com o WP, claro.



Voltando à faxina : ‘conseguimos’ tirar quase tudo do guarda-roupa. Sobrou um par de sapatos mofados que, a faxineira perdoe, mas estou sobrevivendo a tanta cólica, alergia e depressão essa semana, que ela vai ter que tirar. Estou lavando toda a roupa, sim, apesar que mal ver o mofo. Como diz um personagem meu, mas a respeito do pólen ao qual a filha dele é alérgica: ‘Claro que eu não via exatamente o pólen, mas o nariz da gente percebe que tem alguma coisa diferente.’ Mofo é do mesmo jeito, ou quase. Fica aquela camada esbranquicenta, irc! Então, estou lavando peça por peça de decoração (ou passando lustra-móveis, ou óleo, depende da situação da peça em questão, porque ‘lavar’ pode piorar o mofo), os cabides (claro que ‘os cabides’, vou pendurar roupa limpa em cabide mofado? Parece que não sei!), meu querido baú que pintei de branco (mal pintado) e nunca postei, mas gosto dele mesmo assim... Ou seja, é uma faxina bem ‘mulherzinha’ e pessoal.



Ainda assim, acho que vou pedir à faxineira que venha duas vezes essa semana, até pra compensar o tanto que não nos vemos. Preciso que alguém me ajude a passar tanta roupa. Eu comecei a passar roupa tão cedo que já não gosto mais, se é que um dia gostei - lavar roupa, sim, é brincar com água – ou cansei, e ainda tem meu ombro com bursite. Antes que digam que pareço uma velha, a me queixar de doenças por todos os lados, fui-me.

quarta-feira, junho 01, 2011

Estava falando...

...dessa, mas descobri que nunca foi postada nesse blog, ou cometi algum erro, portanto:

De Álvaro de Campos:
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser…

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto…
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço…


Nada me tira da cabeça que a pessoa do Fernando tinha umas tristezas muito semelhantes às minhas e que ele recorreu ao único apoio eficaz de nossas épocas: eu tenho arquétipos, ele tinha heterônimos. Esqueça. Só pesquisando, porque é muito extenso e eu ainda quero compartilhar essa outra poesia que conheci hoje. Tenho 'Cancioneiro' desde o ano passado, comecei a ler, mas parei e como ando com preguiça de ler (isso é muito grave, doutor!), perdi-a porque está na página 108 da edição que tenho. Os estilos são diferentes porque são poetas diferentes.



Tenho dó das estrelas

Fernando Pessoa, Cancioneiro, 4/8/1930

Tenho dó das estrelas
Luzindo há tanto tempo,
Há tanto tempo ...
Tenho dó delas.

Não haverá um cansaço
Das coisas,
De todas as coisas,
Como das pernas ou de um braço?

Um cansaço de existir,
De ser,
Só de ser,
O ser triste brilhar ou sorrir ...

Não haverá, enfim,
Para as coisas que são,
Não a morte, mas sim
Uma outra espécie de fim,
Ou uma grande razão
Qualquer coisa assim
Como um perdão?
Boiam leves, desatentos,
Meus pensamentos de mágoa,
Como, no sono dos ventos,
As algas, cabelos lentos
Do corpo morto das águas.

Boiam como folhas mortas,
À tona de águas paradas.
São coisas vestindo nadas,
Pós remoinhando nas portas
Das casas abandonadas.

Sono de ser, sem remédio,
Vestígio do que não foi,
Leve mágoa, breve tédio,
Não sei se pára, se flui;
Não sei se existe ou se dói.

Olha!

‘Limpamos’ (eu e a turma de personagens, o bom é que tem companhia) todas as gavetas do quarto. Não precisou organizar porque já estava organizado, como você deve imaginar. Uma pessoa com certo grau de TOC devido ao Transtorno bipolar arruma as gavetas como ensinaram na escola técnica de economia doméstica, e ainda dá um up grade - eu suponho que seja devido a isso, mas vamos ao que interessa. ‘Começamos’ ontem pela falta de sono. Meu sono é algo digno daqueles centros de estudo como em ‘Pirates of the Third Reich’ (CSI S06E15): essas ‘pilulinhas’ não dão conta. Uma vez, minha médica teve que prescrever Rohypnol e, além de ser difícil pra conseguir e receber olhares suspeitos nas farmácias, teve o mesmo efeito que água com açúcar. Tenho outras histórias semelhantes. Eu esperava que a idade fosse modificando esse aspecto da minha fisiologia, mas continuamos na mesma. Meio miligrama do mais comum dos controlados pra dormir me levou a assistir ‘Bones’, porque desisti de ficar rolando no sofá-cama (sim, senhora, ‘continuamos’ aqui por causa do mofo). Dois miligramas, no dia anterior, me levaram a acordar meio-dia. Ok. A porcaria até que funcionou, mas possivelmente porque eu mal dormia há noites e noites, mas meio-dia! Isso é embaraçoso, vergonhoso e ‘temos’ uma faxina a fazer, que fica sendo interrompida por ‘é bom lavar a louça’, ‘finalmente a chuva deu uma trégua, lava o pergolado que você prometeu há três dias!’, ‘vou enterrar o-que-se-decompõe, pra fazer adubo’, ‘é bom aproveitar pra passar outra vassoura na casa que não custa nada’ e... são duas e meia.



Hora de comer antes que eu comece a não dizer coisa-com-coisa (tem que ter hífen, não me importa a regra, que nunca entendia, nem na época da ED). Hora de tomar banho também e trocar de roupa, pra descansar, porque essa energia toda foi uma caneca de café que tomei pela ‘manhã’ (não acordei tão cedo assim, um comprimido e meio pra conseguir fechar os olhos de vez, aliás detesto tomar remédio, tomo porque preciso) e estou cansada, tão cansada (igual à poesia de Fernando Pessoa, que já devo ter postado).

Contei que estou cabendo de novo numa calça querida, especial pra bagunça? Era pra ‘enquanto eu emagrecia’, depois emagreci, não quis me desfazer da peça, mandei apertar e deixei pra me ajudar nos ‘serviços pesados’. Se faxina não é ‘serviço pesado’, não sei o que é. Bom, mas, eu engordei ‘um muitinho’, a ponto de tirar os ajustes da calça e ainda assim ela coube. Isso me fez bem, porque antes eu era tão gorda que jamais caberia naquela calça. Até pensei, coisa de ‘artista’, em emoldurar a calça jeans, manchada de tinta mesmo, com uma moldura dourada e colocar por aqui. Eu ia achar legal, me lembrando o que passei com essa calça, que foi uma das poucas jeans que tive, porque não gosto do tecido. Muito quente pro nosso clima, só gosto nessa época. Sobre emoldurar a calça: ou iam achar horrível, ou o máximo. Arte é assim mesmo. E o que mais importante: voltei a perder peso, devagarzinho, mas espero que sempre.



Sabe, é bom fazer faxina assim: sem ninguém pegando no pé, com boa companhia (excelente, eu diria!), ouvindo a trilha sonora de ‘Bones’ (que é ainda melhor que a série de TV).

(Acredita que parei tudo pra gritar, não muito alto, pra pessoa que joga água lá de cima ao lavar o terraço - e bate na minha parede, onde começou o mofo, o tempo úmido só ajudou - porque a mesma estava fazendo isso de novo? Que saco! Já falei, já mostrei - nessa época não 'pega' porque tudo aqui fica úmido. Bem dizia alguém que o melhor vizinho é aquele que você nem percebe que ele existe.)