quarta-feira, junho 01, 2011

Olha!

‘Limpamos’ (eu e a turma de personagens, o bom é que tem companhia) todas as gavetas do quarto. Não precisou organizar porque já estava organizado, como você deve imaginar. Uma pessoa com certo grau de TOC devido ao Transtorno bipolar arruma as gavetas como ensinaram na escola técnica de economia doméstica, e ainda dá um up grade - eu suponho que seja devido a isso, mas vamos ao que interessa. ‘Começamos’ ontem pela falta de sono. Meu sono é algo digno daqueles centros de estudo como em ‘Pirates of the Third Reich’ (CSI S06E15): essas ‘pilulinhas’ não dão conta. Uma vez, minha médica teve que prescrever Rohypnol e, além de ser difícil pra conseguir e receber olhares suspeitos nas farmácias, teve o mesmo efeito que água com açúcar. Tenho outras histórias semelhantes. Eu esperava que a idade fosse modificando esse aspecto da minha fisiologia, mas continuamos na mesma. Meio miligrama do mais comum dos controlados pra dormir me levou a assistir ‘Bones’, porque desisti de ficar rolando no sofá-cama (sim, senhora, ‘continuamos’ aqui por causa do mofo). Dois miligramas, no dia anterior, me levaram a acordar meio-dia. Ok. A porcaria até que funcionou, mas possivelmente porque eu mal dormia há noites e noites, mas meio-dia! Isso é embaraçoso, vergonhoso e ‘temos’ uma faxina a fazer, que fica sendo interrompida por ‘é bom lavar a louça’, ‘finalmente a chuva deu uma trégua, lava o pergolado que você prometeu há três dias!’, ‘vou enterrar o-que-se-decompõe, pra fazer adubo’, ‘é bom aproveitar pra passar outra vassoura na casa que não custa nada’ e... são duas e meia.



Hora de comer antes que eu comece a não dizer coisa-com-coisa (tem que ter hífen, não me importa a regra, que nunca entendia, nem na época da ED). Hora de tomar banho também e trocar de roupa, pra descansar, porque essa energia toda foi uma caneca de café que tomei pela ‘manhã’ (não acordei tão cedo assim, um comprimido e meio pra conseguir fechar os olhos de vez, aliás detesto tomar remédio, tomo porque preciso) e estou cansada, tão cansada (igual à poesia de Fernando Pessoa, que já devo ter postado).

Contei que estou cabendo de novo numa calça querida, especial pra bagunça? Era pra ‘enquanto eu emagrecia’, depois emagreci, não quis me desfazer da peça, mandei apertar e deixei pra me ajudar nos ‘serviços pesados’. Se faxina não é ‘serviço pesado’, não sei o que é. Bom, mas, eu engordei ‘um muitinho’, a ponto de tirar os ajustes da calça e ainda assim ela coube. Isso me fez bem, porque antes eu era tão gorda que jamais caberia naquela calça. Até pensei, coisa de ‘artista’, em emoldurar a calça jeans, manchada de tinta mesmo, com uma moldura dourada e colocar por aqui. Eu ia achar legal, me lembrando o que passei com essa calça, que foi uma das poucas jeans que tive, porque não gosto do tecido. Muito quente pro nosso clima, só gosto nessa época. Sobre emoldurar a calça: ou iam achar horrível, ou o máximo. Arte é assim mesmo. E o que mais importante: voltei a perder peso, devagarzinho, mas espero que sempre.



Sabe, é bom fazer faxina assim: sem ninguém pegando no pé, com boa companhia (excelente, eu diria!), ouvindo a trilha sonora de ‘Bones’ (que é ainda melhor que a série de TV).

(Acredita que parei tudo pra gritar, não muito alto, pra pessoa que joga água lá de cima ao lavar o terraço - e bate na minha parede, onde começou o mofo, o tempo úmido só ajudou - porque a mesma estava fazendo isso de novo? Que saco! Já falei, já mostrei - nessa época não 'pega' porque tudo aqui fica úmido. Bem dizia alguém que o melhor vizinho é aquele que você nem percebe que ele existe.)

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