Finalmente consegui me mudar pra minha casinha. Tem exatamente um mês que durmo num colchão no chão, não tenho armário nenhum e Aimée descobriu que existem outros cachorros e aprendeu a latir pra todos que passam. Nada de tanque pra lavar roupa (acidentes de reforma), sem varal, as plantas ainda esperando lugar definitivo por falta de grana, roupas nas malas, mas agora posso fazer tudo em definitivo!!!
Quem pinta uma casa de bege pra vender?
O número mais bonito da quadra
Obrigada aos vizinhos que fizeram a mudança por mim e me receberam na casa nova!!!!
segunda-feira, outubro 02, 2017
sexta-feira, maio 26, 2017
FINALMENTE!
Desde os seis anos que eu sonho em ter meu canto. Há até bem pouco tempo, eu não sabia se esse sonho significava sair da casa da minha mãe, ter minha casa ou ambos. O fato é que eu demorei a sair de casa porque prometi a mim mesma que só sairia pra nunca mais voltar e a faculdade de Medicina não permitia ter um emprego estável. Saí assim que consegui colar grau. Depois de me mudar nove vezes desde então, entre apartamentos e casas, dei-me conta que, sim, queria uma casa minha. Quem lê esse blog sabe que eu gosto de cuidar de onde moro. Esta semana descobri que isso tem nome: 'nesting' (do inglês, fazer ninho). O curioso é que eu havia escolhido justamente esse nome pra minha futura casa, em francês: 'Nestlé'. Achei que seria apropriado quando encontrei a casa, há alguns meses. Fiz questão de algo pequeno, afinal, sou eu quem limpa e somos apenas eu e Aimée. Hora de encaixotar as coisas. Pela última vez.
Lá e de volta outra vez
Claro, eu tentei. Mas, depois que o Governo Federal lançou o 'Mais Médicos', as prefeituras não querem mais pagar aos médicos (ou pagam a metade do que antes). Passei um ano desempregada quando deixei o 'Mais Médicos'. Primeiro, porque estava descompensada devido àquela secretária de saúde que, como existe justiça, perdeu o emprego. A prefeita não foi reeleita, diga-se de passagem. Quando eu consegui emprego, numa cidade a 96 Km de casa, só passei 2 meses porque preferiram colocar alguém do 'Mais Médicos' 'apesar do excelente trabalho que a senhora está fazendo aqui, doutora...'. Palavra, foi a melhor equipe com a qual trabalhei. Ou talvez, porque não deu tempo de descobrir os defeitos.
Eu me rendi e me reinscrevi no programa. De cara, fui grossa com a secretária de saúde na entrevista inicial e tive que contar o meu problema. Ela saiu da sala por um tempão, depois me aprovou. Descobri tempos depois que ela falou com a supervisora chefe 'mas ela é bipolar!' e a chefe 'e daí?'. De lá pra cá, eu descompensei gravemente uma vez. Tão gravemente que chamei minha mãe. Eu, que nunca chamo ninguém. Três semanas em mania. O Inferno na terra. Acho que me vinguei por todos os anos da minha mãe, que também tem depressão, gritando comigo. E ela não respondeu nenhuma vez, graças às medicações dela. Coitada. A secretária de saúde só ligava pra saber quando eu voltava ao trabalho. Nunca perguntou se eu estava melhor.
Agora estou no outro extremo, mas sempre lidei melhor com a depressão. A maioria dos bipolares prefere a mania. Eu detesto. Geralmente tenho hipomania, fico 'alegrinha', acelerada e isso já me deixa agoniada. Parece que estou dirigindo em alta velocidade. Eu quero diminuir e não consigo. A mania é pura irritação. Horrível. Ainda bem que tive pouquíssimas crises ao longo da vida. Sou capaz de lembrar de todas, incluindo cada vexame. Sei, inclusive, a causa dessa última crise: a psiquiatra tirou o lítio do esquema a meu pedido. Minha acne piorou muito e isso estava acabando com minha auto-estima, e olha que eu não sou vaidosa. Achei que a causa fosse o lítio e ela concordou em suspender, iniciando outra medicação, que me deixa pra lá de lenta de raciocínio. A pele melhorou, a cabeça não. O jeito é voltar ao esquema antigo. Aliás, quem faz parte do esquema terapêutico há algum tempo é Aimée, muito prazer:
Por alguma razão, ela adora alface e coentro.
Eu me rendi e me reinscrevi no programa. De cara, fui grossa com a secretária de saúde na entrevista inicial e tive que contar o meu problema. Ela saiu da sala por um tempão, depois me aprovou. Descobri tempos depois que ela falou com a supervisora chefe 'mas ela é bipolar!' e a chefe 'e daí?'. De lá pra cá, eu descompensei gravemente uma vez. Tão gravemente que chamei minha mãe. Eu, que nunca chamo ninguém. Três semanas em mania. O Inferno na terra. Acho que me vinguei por todos os anos da minha mãe, que também tem depressão, gritando comigo. E ela não respondeu nenhuma vez, graças às medicações dela. Coitada. A secretária de saúde só ligava pra saber quando eu voltava ao trabalho. Nunca perguntou se eu estava melhor.
Agora estou no outro extremo, mas sempre lidei melhor com a depressão. A maioria dos bipolares prefere a mania. Eu detesto. Geralmente tenho hipomania, fico 'alegrinha', acelerada e isso já me deixa agoniada. Parece que estou dirigindo em alta velocidade. Eu quero diminuir e não consigo. A mania é pura irritação. Horrível. Ainda bem que tive pouquíssimas crises ao longo da vida. Sou capaz de lembrar de todas, incluindo cada vexame. Sei, inclusive, a causa dessa última crise: a psiquiatra tirou o lítio do esquema a meu pedido. Minha acne piorou muito e isso estava acabando com minha auto-estima, e olha que eu não sou vaidosa. Achei que a causa fosse o lítio e ela concordou em suspender, iniciando outra medicação, que me deixa pra lá de lenta de raciocínio. A pele melhorou, a cabeça não. O jeito é voltar ao esquema antigo. Aliás, quem faz parte do esquema terapêutico há algum tempo é Aimée, muito prazer:
Por alguma razão, ela adora alface e coentro.
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