“Na verdade não tinha nenhuma vocação definida, mas conseguira as notas mais altas através de uma disciplina inflexível, para não contrariar a mãe. Poderiam ter-lhe imposto a aprendizagem de qualquer outro ofício e os resultados seriam os mesmos. Desde muito menina a incomodava o rigor de Fernanda, o seu costume de decidir pelos outros, e teria sido capaz de um sacrifício muito mais duro que as lições de clavicórdio, só para não tropeçar na sua intransigência. No ato de encerramento, teve a impressão de que o pergaminho com letras góticas e maiúsculas a liberava de um compromisso que tinha aceito não tanto por obediência quanto por comodidade (...)”
(Gabriel Garcia Márquez, Cem Anos de Solidão)
Porque foi exatamente assim que me senti ao receber meu diploma do curso superior. O que a faculdade fez por mim foi me tirar totalmente o prazer de aprender pelo simples prazer de aprender.
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A propósito, hoje é dia de estrela: Feliz Dia do Escritor. Eu não sei quanto a você, anônimo leitor, mas...
(Direitos da Imagem: Franquia 'Cantão', com a campanha 'Eu amo escrever', incluindo o selinho na coluna à direita)