domingo, dezembro 02, 2012

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Agora que a tontura parece melhorar, imagino reorganizar as floreiras, salvar as plantas que sobreviveram à minha ausência. Quem se atreve a olhar pra baixo numa varanda numa crise de labirintite? Metade do verde se foi, justamente os espécimes mais caros, claro.
Olho pro cesto de roupa limpa, transbordando. As peças se acumulando desde agosto, à espera do ferro de passar e de que eu não corra o risco de cair por cima dele.
As cortinas? Nem me fale delas. Tenho que pedir a alguém que me faça o favor de removê-las, porque estou doente de vê-las cheias de poeira sem poder subir numa cadeira pra retirá-las e sacudi-las na máquina de lavar. Entre pioras e melhoras, consigo varrer a casa de vez em quando, mas é de vez em quando mesmo.
Digo que a tontura melhorou, mas foi só até quinta-feira da semana passada, quando os sintomas voltaram, sem explicação. Não, eu não quebrei as regras. Conheço todas de cor, de tanto repeti-las pros pacientes. E nessa piora, lá se foram mais dois quilos, por causa da náusea.


Aliás, o otorrinolaringologista, depois de orientar o tratamento da labirintite, deu uma sugestão a respeito da minha rinite: passar o pano úmido todos os dias no chão do quarto, incluindo embaixo da cama. Eu olhei pra ele e perguntei 'Se eu moro sozinha e estou andando com o auxílio de uma bengala pra não cair, de tão bêbada, como é que eu vou fazer isso?'. Ele não respondeu.

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