A cada mês eu vou menos a Recife e cada vez eu fico menos. Saudade da calma daqui, da minha casa, seja qual for a causa, eu fico pouco tempo. No entanto, há certas coisas que só posso fazer por lá, como ir ao cinema e ir pra minha médica. Depois de dois anos aqui, eu ainda não me entendi com nenhum cabeleireiro da cidade, e já estou com o meu há mais de dez anos. Minha mãe mora lá, meus irmãos também. De vez em quando, eu tenho que ir.
Dessa vez, revi duas pessoas que conheci através do meu irmão, mas que estão diretamente associada ao meu antigo companheiro. Uma é ex-namorada dele e minha amiga. A outra é amiga da primeira. Cada uma vale o peso que tem. Então, minha noite de quarta foi com Fernanda no cinema com ‘Arquivo X’ e conversando até alta madrugada sobre tudo e todos, menos sobre nosso ex em comum, porque a gente não precisa ficar falando mal de ninguém.
Minha tarde de quinta começou num almoço que durou mais de três horas, com Vicky (que não pôde assistir AX comigo no domingo prque eu estava curtindo a primeira enxaqueca das últimas semanas) e acabou com todos os meus planos, uma vez que conversamos tanto que quase perco o último ônibus de volta pra casa. E valeu cada minuto.
Amar é...
...passar duas horas ouvindo uma amiga discorrendo os mínimos detalhes sobre alguém que você não conhece, provavelmente jamais conhecerá e não se importar nem um pouquinho.
...a sua amiga ouvir você falar uma hora e meia sobre algo que ela não conhece, e provavelmente jamais conhecerá, e não reclamar nenhuma vez.
Você sabe que realmente está entendendo outra língua quando alguém te conta suas aventuras na Inglaterra na língua original e não precisa de legenda ou tecla SAP. E ainda se dá ao luxo de comentar!
Um comentário:
Eu espero realmente que vocês se conheçam um dia. E muito, muito obrigada por ontem. Te amo, Ju!
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