quinta-feira, outubro 15, 2009

Hoje é dia de dizer 'não'!


Dia de dizer não às sacolas plásticas

Ministério do Meio Ambiente lança data hoje para incentivar população a adotar novos hábitos

Esqueça as sacolas plásticas. Pelo menos no dia de hoje recuse esse tipo de embalagem se precisar ir à farmácia, à padaria ou a outros estabelecimentos prontos para distribuir plásticos. A proposta é do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que lança oficialmente, às 10h, o Dia do Consumidor Consciente. Junto, vai o desafio de passar um dia inteiro sem sacos para despertar a consciência ambiental nos consumidores e incentivá-los a adotar hábitos mais racionais, usando bolsas retornáveis ou outras alternativas. A reflexão sobre as embalagens serve como ponto de partida para um questionamento maior sobre consumo. Precisamos mesmo de tudo o que compramos no ritmo do que descartamos fora?

A data vem junto com o reforço da campanha Saco é um saco, desenvolvida pelo MMA e Instituto Akatu (entidade paulista que defende o consumo consciente). O próprio ministro Carlos Minc vai inaugurar a campanha, hoje, em um supermercado no Rio de Janeiro. A intenção é descartar o impacto provocado nos recursos naturais pela fabricaçãoe manutenção dos "bens de consumo". A direção do Akatu esclareceu que a entidade atua para a mudança de comportamento dos consumidores de forma a contribuir para a sustentabilidade por meio das escolhas no consumo. A inauguração da data também virá com o lançamento do hotsite www.sacoeumsaco.com.br.

Mesmo antes da data, as idas ao supermercado na família de Karla Antunes se transformam em um momento de aprendizado para Maria Luiza, 8 anos. A mãe conta que aproveita os "pedidos" para discutir sobre consumo e o que é necessário. "Se deixar, ela quer tudo. Mas sabe que não é correto nem podemos levar", disse Karla, admitindo que os "exageros" - como os queridos salgadinhos - só nos fins de semana. Ela disse que aprova a celebração de datas como a mais nova criada pelo MMA por permitir a discussão. "Precisamos pensar sobre o impacto gerado pelo consumo exagerado na sociedade e no meio ambiente", comentou.

O diretor-presidente do Akatu, Helio Mattar, ressaltou que a data fortalece a atuação da entidade. "Nosso objetivo é mobilizar os brasileiros para o consumo consciente, a partir da comunicação sobre os impactos negativos do consumo acima do necessário", disse, citando a relação entre prédios em pé, consumo de energia e água com árvores derrubadas. A empresária Luciene Menezes ressaltou que fazer compras faz parte de seu trabalho, já que possui um buffet. Mas garante que quase nunca passa pelo desperdício. "Compro o que é necessário dentro de um planejamento e sempre reaproveito. As sacolinhas, por exemplo, servem para armazenar o lixo", destacou. A característica "retornável", defende o MMA, é a mais importante das sacolas resistentes (ou ecobags), perfil que é perseguido pelo conceito de sustentabilidade que visa aumentar a vida útil dos objetos no planeta. Um caminho que pode começar hoje com um "não, obrigada".

O impacto ambiental

- Em 2008, a Consumers International criou uma mobilização, nesta mesma data, para marcar a importância da educação para o consumo sustentável. Neste ano, o MMA lançou a data no Brasil

- Estima-se que 1,5 milhão de sacolas plásticas são consumidas a cada hora no Brasil. Os cálculos indicam que, no mundo, 500 bilhões sejam descartadas inadequadamente por ano, entupindo bueiros, causando enchentes e poluindo

- O animal que mais sofre é a tartaruga-de-couro, que confunde as sacolas com águas-marinhas e ingerem o plástico. Segundo o Projeto Tamar, uma em cada três tartarugas já ingeriram o plástico e podem morrer por asfixia ou desnutrição

- Em países como Espanha, Inglaterra e Alemanha, os supermercados cobram pelo uso das sacolas plásticas, estimulando outros tipos de embalagem. A prática vem se tornando mais comum no Brasil

Fonte: MMA e Instituto Akatu


Você anda com sua sacolinha reciclável na bolsa pra alguma compra eventual? Não? Hora de começar. Eu tenho duas de pano e uma pras compras na feira há mais de um ano. Ainda assim, as sacolas de plástico não acabaram aqui em casa. Acredito que elas se reproduzem embaixo da pia por geração expontânea. Isso merece um estudo científico, portanto. Enquanto isso, eu vou ali, fazer algo de útil. E quem encontrar a sacola da foto, é favor me informar, porque achei a mensagem linda!

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