segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Como dizia um sábio (ou dois)

Meio (pra não dizer 'muito') danada da vida em ser um (mal utilizado) instrumento político, eu dei de cara com 'A desobediência Civil', de Henry David Thoreau, na banca de revistas da cidade. Ele escreveu o manifesto por causa da abolição da escravatura nos Estados Unidos e protestando contra o abuso de impostos que o Governo impõe. Se não tivesse lido antes de quando datava o texto, teria pensado que ele escreveu pra o último presidente Bush.

'...quando todo um país é injustamente assaltado e conquistado por um exército estrangeiro e submetido à lei marcial, posso afirmar que não é precipitada a rebelião e a revolução dos homens honestos. Esse dever se torna mais imediato à medida que o país assaltado não é o nosso, e para piorar, o exército invasor é o nosso'.

Ele estava falando da guerra dos EUA contra o México (1846-1848), que deu Texas, Novo México e Califórnia para os Estados Unidos, aumentando o território onde a escravidão negra era considerada legal. Mas a associação com o Iraque é imediata.

Embora o texto fale principalmente sobre Governo, é sobre liberdade e como viver em sociedade. E tem tantos pensamentos geniais, que não dá pra citar todos aqui. O livro é pequeno e o texto fácil. A respeito de citações, anônimo leitor, repito a que encontrei na 'Desobediência':

"Minha origem é nobre demais para que eu seja
propriedade de alguém
Para que eu seja o segundo no comando
ou um útil serviçal ou instrumento
de qualquer Estado soberano deste mundo".

(Shakespeare, King John, parte V)

Como é habitual, ultimamente, eu fui apresentada a Thoreau por CSI(o episódio é 'Happenstance').

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