“Em última análise, parece-me que deviamos ler apenas livros que nos mordam e firam. Se o livro que estamos a ler não nos desperta violentamente como uma pancada na cabeça para que nós havemos de nos dar o trabalho de o ler? Um livro tem que ser como a picareta para o mar gelado dentro de nós. É isto que penso.”
(Franz Kafka em Carta a Pollak)
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Fal citou este comentário e eu assino embaixo! Meu querido e muito amado 'O Leitor' não durou duas semanas em minha mão. Foi o segundo livro que eu perdi na vida e estou louca de saudades dele. Gostei tanto que não tive temo de arranjar lugar na estante para ele: morou em minha bolsa até o dia de nossa separação.
Preciso desesperadamente de outro (e já ia comprar um pra quem me indicou o filme), porque é um livro que morde e fere, e certamente me despertou violentamente. De lembrança, ficou o marcador de Suzi, que espera paciente minha próxima ida ao Recife para se aninhar nas páginas do irmão gêmeo do livro amado.
Espero que esteja alegrando a vida de quem o encontrou ou que tenham entregue em alguma biblioteca. Aquele livro merece.
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Aliás, adorei esse outro blog da Fal.
(Onde essa mulher arranja tempo, Deus? onde ela compra tempo aceitam aquele cartão de crédito que eu só uso em situações especiais?)
Citando a mesma (o grifo é meu):
'Acho sim, que a gente paga um preço alto demais (hahaha, olha eu me botando na sua turma, como se à sua altura estivesse), acho mesmo, mas a consciência, Lyrão e eu chegamos a esta conclusão, é um caminho sem volta. Talvez seja arrogância falar isso. Tudo bem, é arrogância. Mas quer saber? Dane-se. Eu não vou nunca mais pedir desculpa pelas minhas qualidades, só pelos meus defeitos (o que, convenhamos, ocupa boa parte das minhas escassas horas de vida). E sugiro aos chatinhos de plantão que, em vez de se cutucarem no msn pra dizer “Ih, lá vem a Fal de novo”, pura e simplesmente parem todos, por favor, todos, de falar comigo e de, principalmente, ouvir o que eu tenho a dizer'.
Sem mais.
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