quarta-feira, agosto 26, 2009

Não convidados

Olha só, anônimo leitor. Eu não sou de convidar gente pra minha casa, ok? Então alguém sabe qual a linguagem correta pra pôr um aviso pras baratas, grilos e rãs que insistem em me visitar? Eu não os convido absolutamente! Não junto lixo, não há formigas ou outros insetos que sirvam de alimentos ao nobres anfíbios, não há sequer plantas dentro da casa, só na parte externa e longe das paredes da casa!

Então, por que raios volta e meia uma barata cascuda insiste em parecer na minha limpa residência, grilos visitam-me noite sim noite também e rãzinhas e rãnzonas me obrigam a ficar pulando junto com elas até alcançá-las? Que saco! Eu sou fã do Grissom, mas não há nem participação de WP agendada ainda pra essa temporada que nem começou. Se a desculpa é a chuva, dá pra mandar o astro de CSI como brinde? Aceitamos a esposa dele junto. Só pra limpar a vista mesmo, porque homem comprometido me dá alergia.

Porque a saudade de Geórgia é eterna

E eu sempre lembro dela ao ver esse quadro de Vettriano. Amore, já disse que te amo hoje? Mesmo do outro lado do mundo: eu te amo, irmã de alma!



'Still Dreaming', by Jack Vettriano.

(A saudade de Vicky já começou e ela nem foi embora ainda.)

Do Balaio Porreta

O IMPORTANTE É NÃO PARAR DE QUESTIONAR
(Albert Einstein)

In Balaio, n° 276. Rio, 12/04/1991:


Apesar de todas as dificuldades, é preciso ousar;
apesar de todos os desencontros, é preciso amar;

apesar de todos os pesadelos, é preciso sonhar;
apesar de todas as incertezas, é preciso lutar.


* * *
A JORGE GUINLE FILHO
em memória
Tanussi Cardoso
[ in Viagem em torno de, 2000 ]

O que acontecerá aos céus
quando se morre um artista?
Que silêncios, que gritos
Que deuses riscam os ventos
quando se morre um artista?
O que dizer aos filhos
Aos pássaros, ao poema
quando se morre um artista?
Que pintura tão linda
Que natureza tão vil
Que fala tão amarga
quando se morre um artista?
Noiteluzsomdiapasãoharmoniavendavalfuracão?
O que sobra da vida
quando se morre um artista?

sábado, agosto 22, 2009

A expressão perfeita pra mim é: 'cocadinha de sal'. Se você é hipertenso, mantenha distância

Eu não chegarei ao extremo de dizer 'Vocês têm que me engolir', mas deixei de pedir desculpas ao mundo por ser como sou. Passei a vida me refreando, pedindo 'com licença', até entender que sou diferente da maioria e que meu jeito de ser sempre vai incomodar, por mais contida que eu tente ser. Dessa forma eu reduzi (e como!) o universo de pessoas que convivem comigo (física e virtualmente) e foi uma das melhores atitudes que tomei na vida. Quem continua convivendo comigo ou a) precisa muito de mim ou b) me aceita como sou. Eu não sou grossa deliberadamente, só não tenho filtro. Tenho até cursos de boas maneiras, gente! Fez parte do curso técnico de Economia Doméstica e eu estudei lá por longos e inesquecíveis 13 anos. Quem deu a nota me conheceu muito bem e sabe que eu não sou mal-educada.

Um dia desses, alguém que convive comigo entrou por aqui, só não deixou comentário porque não entendeu como funciona o blog, mas telefonou imediatamente e disse 'parece que a gente está ouvindo você falando'. De onde concluí que eu não nasci mesmo pra multidões. Meu público é seleto, muito seleto e eclético. Se você está chegando agora, foi avisado. Esse blog não é indicado para hipertensos, diabéticos, obesos, pessoas com tendência a retenção hídrica, portadores de distúrbios cardiovasculares, e todos pra quem a dieta hipossódica foi indicada.

domingo, agosto 09, 2009

Ser paciente Psiquiátrico

09.08.09
Você tem psiquiatra? Eu tenho. A maioria dos pacientes psiquiátricos alega que toma ‘remédios pros nervos’, mas eu admito: sou uma paciente psiquiátrica. Eu acredito que, se você reconhece que é um paciente psiquiátrico e segue o tratamento, essa é uma atitude responsável consigo mesmo e com seus semelhantes. Como um monte de gente coloca a vida em minhas mãos, minha responsabilidade aumenta porque sou uma paciente psiquiátrica. Eu admito aqui, mas tenho uma boa justificativa pra não fazê-lo publicamente.

Sou médica e muitos dos meus pacientes jamais entenderiam que ser uma paciente psiquiátrica não significa ser mentalmente insana. Costumo dizer aos meus pacientes portadores de doenças psiquiátricas: ‘Você toma remédios pra não ficar doido’, numa forma de incentivá-los a não pararem os famosos remédios controlados, que impedem que o paciente seja um carro desgovernado no meio do trânsito pesado. Eu passei a falar isso depois de assistir ‘Kiss the sky’, onde o personagem de WP dá uma bronca no amigo que quer fumar ópio: ‘Está doido? Você toma remédio pra não perder o juízo!’. De fato, ambos enfrentam uma depressão de meia-idade e um deles já foi até internado por causa disso. Poucas vezes eu ri tanto em minha vida como na primeira cena do filme onde os dois estão em plena sessão de massagem e discutem os prós e contras das medicações que já usaram ou estão usando. Pareciam comigo, conversando com minha médica que, não por acaso, foi minha professora de psiquiatria.

Por causa da doença, quase não termino o curso médico. ‘Descompensei’ tantas vezes que perdi a conta. Não gosto de tomar remédios e esse foi um dos motivos de demorar tanto, acho, a encontrar o que funciona pro meu caso. Precisei de alguns anos pra entender que, assim como cada paciente com hipertensão arterial é único, o mesmo se dá com pacientes psiquiátricos. O argumento que me convenceu a usar regularmente as medicações veio de um professor de psiquiatria: ‘assim como não se trata diabetes só com conversa, não dá pra tratar a verdadeira depressão só com conversa’. É verdade. O tratamento de muitas doenças se divide entre medicações, apoio psicológico e mudanças de estilo de vida. Pra cada pessoa, um desses aspectos pesa mais. Eu fui da geração Prozac, ‘a pílula da felicidade’. Usei quase tudo que existia na época, em matéria de medicação pra depressão e reconheço: foi a indústria farmacológica, em última instância, que me manteve profissionalmente ativa. Muitas pessoas sabem que eu tomo remédios controlados e por que, mas um professor muito querido aconselhou-me, há muitos e muitos anos, a não sair dizendo a todo mundo porque as pessoas rotulam muito facilmente, embora nem sempre entendam o que estão rotulando. Atualmente, uso apenas uma medicação, mas estou fazendo terapia e encontrei a melhor válvula de escape do mundo quando comecei a escrever regularmente. Não falto às consultas médicas, mas nem sempre foi assim. Hoje, mal a tempestade ameaça, eu corro atrás de uma avaliação extra.

Minha doença já teve vários nomes - ‘depressão maior’, ‘depressão endógena’, ‘Psicose Maníaco-Depressiva’ (PMD), ‘Transtorno Obsessivo-Compulsivo’, ‘Transtorno Bipolar’. A expressão Transtorno Bipolar era a moda na minha época de estudante porque a pessoa transita entre dois pólos extremos de humor, depois foi Transtorno Obsessivo-Compulsivo, do qual não gosto porque não define como me sinto quando estou abaixo do lençol freático que está sob o fundo do poço. Sabe-se lá como vão chamar na próxima revista de Psiquiatria ou edição do Código Internacional de Doenças. O nome não muda como eu me sinto, mas é bom saber o que eu tenho. O problema em psiquiatria é que as doenças têm muitos sintomas em comum. Alguns transtornos de comportamento são tão semelhantes entre si que, por muito tempo, eu não sabia bem o que tinha, além de ‘depressão’. Sempre que eu lia algo novo em psiquiatria, achava que tinha mais um diagnóstico pra lista. Não sou hipocondríaca, mas gosto das coisas às claras. Agora posso dizer: ‘sou bipolar’, mas continuo achando que PMD descreve perfeitamente a doença.

O primeiro aviso que tem algo errado, no meu caso, são aqueles dias em que eu quero bater em todo mundo, começando por mim mesma. Ser bipolar é ter TPM o mês inteiro, pelo menos quando se está com o quadro clínico descompensado. Ninguém te entende, o mundo é horrível e você é a pior pessoa do mundo, nem sempre você chora, mas briga com as paredes e tem um monte de dores físicas e psicológicas que analgésicos não resolvem muito bem e que a maioria dos médicos não entende. Ainda tem mais isso: existe dor física. Encontraram até um nome: Fibromialgia. Tem médico que diz que ‘essas dores nem existem, são psicológicas’. Nem por isso doem menos, posso garantir. Dá vontade de dizer: ‘Claro que são psicológicas, seu idiota! Ao menos, encaminhe a pessoa pra um psicólogo, um psiquiatra, alguém que saiba lidar com a cabeça dos outros!’. Eu mesma, tive períodos com dor de cabeça tão intensa, que usei até medicações pra pacientes com câncer em último estágio. A dor sumiu com meses de terapia psicológica e desde então, estou aprendendo a me conhecer para não viver tomando a farmácia inteira e me viciando em analgésicos. Mas tudo começou a melhorar quando eu reconheci que eu era bipolar e que, até o momento, não há cura pra isso, só controle. Se não tivesse feito admitido, já poderia ter cometido um erro qualquer, que custaria a vida de alguém. E ser bipolar não ajuda em nada pra se ter uma carreira bem-sucedida.

Um perfeito exemplo de como uma doença psiquiátrica atrapalha a vida está na série de TV ‘Monk’. O brilhante investigador Andrew Monk, afastado de suas funções indefinidamente depois que perdeu a esposa e piorou de suas ‘manias’: lavar as mãos, repetir gestos indefinidamente, etc. Ele faz terapia e não consegue tomar medicações. Resolve casos que a polícia, com pessoas teoricamente ‘normais’, psiquiatricamente falando, não consegue e vai levando a vida dentro dos limites possíveis. Ele até mesmo se rendeu ao uso de medicações quando se deu conta do quão limitante era a doença, mas ficou tão estranho e desconcentrado que resolveu parar. Ficou limpando as mãos e resolvendo tudo brilhantemente. Enquanto isso, o Jack Nicholson se rendeu às medicações pra ficar com Helen Hunt em ‘Melhor é impossível’. Agora, imagine uma médica bipolar.

A única vez na vida em que a doença me foi útil foi numa prova. Na época eu estava péssima, quase não termino o período e passei graças a muita gente legal da minha turma me apoiando, meus professores de psiquiatria, o tal professor muito querido e minha família, além de alguns grandes amigos não médicos. A doença ajudou quando a única questão da prova de psiquiatria prática foi ‘Comente Depressão e o tratamento com Lítio’. Eu só não sabia a dosagem do lítio, mas escrevi um minitratado sobre a psicopatologia, etiologia e fatores relacionados às causas da depressão, citei en passant que só se dosa lítio em usuários da droga (mal sabia eu quantas dosagens eu faria) e que não se diagnostica depressão solicitando dosagem de lítio em gente com sintomas de depressão. Tirei nove. O professor que aplicou a prova deve ter se sentido ótimo porque foi ele quem deu a aula (eu mal respirei ouvindo essa aula) e sabia que eu estava descompensada. Eu nunca cheguei a dizer pra ele que foi o argumento dele que me convenceu do uso regular das medicações.

Então, se você tem transtornos de humor, se você já fez acompanhamento psiquiátrico, se já foi internado numa ala psiquiátrica, não minta pra si mesmo. Pergunte francamente ao médico qual seu diagnóstico e qual o prognóstico. O que tem de paciente por aí que usa a medicação, mas nem ele, nem a família sabem que é ele é esquizofrênico, nem se conta. Saiba se você oferece algum risco pra si mesmo ou pros outros. Não se assuste se seu problema não tiver cura. A maioria das doenças não tem cura, mas tem controle e não é contagiosa. Visite seu médico regularmente pra prevenir complicações. Pergunte em quanto tempo deve voltar, porque os médicos quase nunca dizem e, quando dizem, quase nunca o paciente escuta. Se algum sintoma diferente aparecer, também é bom falar com o médico. Acredite que vai melhorar, tenha fé no tratamento e tenha um bom conselheiro: seu médico, um familiar, um amigo, qualquer pessoa que entende a doença e que possa perceber algo de diferente no seu comportamento habitual o mais cedo possível. No meu caso, eu percebo que tem algo de errado quando fico impaciente com os pacientes.

Se for a primeira vez que você apresenta sintomas, descarte uma causa física porque pode até ser que não seja uma doença psiquiátrica, mas alguma doença que dá sintomas parecidos. E atenção com as pessoas bem-intencionadas, mas que não entendem nada do assunto. Muitas doenças psiquiátricas tão transitórias, ou podem ser curadas se o tratamento for precoce, mas existe muita resistência do paciente ou da família. Durante uma aula de psiquiatria, ouvi algo muito verdadeiro: ‘Se um paciente sem histórico psiquiátrico tem um surto, é levado pra missa, depois vira evangélico, leva uns passes num centro espírita, vai pro terreiro e por último, quando já não tem mais jeito, lembram do psiquiatra’. O professor não criticava as religiões, ele se referia à negação da existência de uma doença psiquiátrica. O mesmo vale pros conselhos que ouvi como paciente com depressão: ‘Vá dar uma volta que você melhora’, ‘Você precisa de um cachorro’, ‘Você precisa se divertir mais’. Os conselhos e a religião geralmente ajudam muito, mas a pessoa precisa de bem mais que isso.

Como médica, indico pra alguns de meus pacientes a prática da religião e leitura de textos religiosos como parte do tratamento, mas presto atenção nas respostas às preces que faço por eles. Muitas vezes, a ajuda que peço vem na forma de um remédio ou de um médico que pode ajudá-los mais do que eu; outras vezes, apenas a fé da pessoa e força de vontade resolvem o problema. Respeito quando as pessoas se recusam a tomar medicações porque acreditam que sua fé pode curá-las. Muitos esperam que um anjo venha do céu, com o milagre. Pra mim, anjos nada mais são que pessoas daqui mesmo, que se permitem ser instrumentos de Deus, A Força, ou como quer que você chame. Em mais de uma situação, convenci o paciente com ‘Honra a Deus e dá lugar ao médico, porque o médico é instrumento de Deus’ e ‘O Senhor fez sair da terra os remédios, e o homem sensato não os rejeita’. (Eclesiático 38, v.1 e v.4). Como paciente, minha fé oscila de acordo com meu humor, mas eu já entendi que isso faz parte da doença e não me preocupo mais. Me convenci que preciso tomar os remédios por melhor que eu me sinta e tenha vontade de parar. Como escovo os dentes e tomo banho todo dia, tomo meus remédios todo dia, pra continuar de bem com a vida.

Sou paciente psiquiátrica. E daí?

sexta-feira, agosto 07, 2009

Do Topismos

Quinta-feira, Agosto 06, 2009

Top 5 lições que aprendi com os filmes de John Hughes
Acabei de ler a triste notícia de que John Hughes, o escritor, produtor e roteirista mais incrível (pois sim!) dos anos 80 faleceu aos 59 anos vítima de um fulminante ataque cardíaco. Devo dizer que, mesmo tendo vivido minha adolescência nos anos 90, foi graças aos filmes de Hughes (eternizados nas melhores sessões da tarde) que eu sobrevivi aos horripilantes anos de colégio e me arrisco a dizer que não fui o único. Revolucionando os chamados filmes "coming of age", John Hughes nos presenteou com uma galeria de personagens inesquecíveis que nos fizeram acreditar que jovens são mais do que estereótipos, mais do que vítimas de pais ausentes ou de sistemas educacionais falidos. Os personagens de John Hughes representavam uma nova e realista alegoria do bem e do mal que batalhava nos corredores escolares, na esperança de terem ocasionalmente seu final feliz. Seguem agora 5 lições que aprendi com o mestre dos teen-movies:

5) Você pode ter uma família disfuncional, mas eles te amam: Não interessa que sua família seja um pouco pirada, egocêntrica, ou disfuncional (palavra que provavelmente nem existe em português, mas graças a John Hughes faz parte do meu vocabulário). No final, seja você Samantha Baker em "Gatinhas e Gatões" ou Doyle Standish em "De volta para casa", seus pais muito provavelmente te amam e te consideram a coisa mais importante de suas vidas. Tudo bem, eles até podem esquecer seu aniversário ou te internar numa escola particular elitista, mas no final serão sempre eles aqueles que vão te aconselhar e te abraçar na hora em que você mais precisa.

4) Você não é definido pelo grupo ao qual pertence: Você pode ser um cérebro, um atleta, uma pirada, uma princesa ou um criminoso (citando Brian Johnson). Não é a panela a qual você pertence que definirá seu caráter, ou será que você nunca percebeu que nem todo mundo que anda com os nerds é patético e nem toda patricinha é metida? Seja num "Clube dos Cinco" ou em qualquer outro cenário colegial idealizado por Hughes, a verdade é que jamais devemos estar presos ao momentâneo estamento piramidal que a vida nos apresentar. Podemos transcender entre os andares da socialização e cumprimentarmos uns aos outros nos corredores de vez em quando. Nem os diretores, nem nossos pais e nem nossos amigos são responsáveis por nossas escolhas. Diga não a qualquer um que te categorize!

3) Você tem tudo quando tem melhores amigos: Esqueça os Steffs e foque nos Duckies! Andie Walsh de "A Garota Rosa Shocking" sabe bem que quando você tem melhores amigos, não importa que você não tenha o vestido ideal para o baile ou não namore o cara mais incrível do colégio, você sempre pode contar com o cara legal que more no seu bairro, entenda seus dramas e secretamente tenha uma quedinha por você. Ainda que o sentimento não seja exatamente recíproco, muitas vezes é com o amigo que você poderá contar quando todos os fugazes amores adolescentes se forem. Mesmo os inventados, vide o exemplo de Gary Wallace e Wyatt Donnelly em "Mulher Nota Mil".

2) Você não precisa ser o que querem que você seja: Então seu pai quer que você seja médico, que vá para a faculdade, que se case, tenha filhos e seja tão infeliz quanto ele, vivendo numa casa que mais parece um museu, onde nada pode ser tocado ou dirigido (no caso de uma eventual Ferrari estar ali parada na garagem). Se for esse seu caso, confie nos seus amigos (vide lição numero 3) e deixe-se perder bolando aula enquanto tenta se permitir descobrir o que de fato você quer da sua vida. Arrisque-se num "Curtindo a Vida Adoidado" e aprenda que existe vida fora da sala de aula ou das regras auto-impostas pelo mundo.

1) Você acha que o amor dos seus sonhos é impossível, mas não é: E por falar em não ser o que seus pais querem que você seja, faça como Keith Nelson e aposte seu futuro no improvável rumo do amor de seus sonhos, personificado na perfeita Amanda Jones. Em "Alguém Muito Especial", John Hughes desfez o erro (?) de "A Garota Rosa Shocking" para nos mostrar que - às vezes - o melhor amigo (ou nesse caso, Watts, a melhor amiga) tem sim um final feliz já que o amor ideal nem sempre é aquele que a gente tinha pensado que era. O final mais incrível dos filmes de Hughes é com certeza o que Keith descobre que o caríssimo brinco de diamantes que custou o preço de sua matrícula na faculdade pertence a ninguém menos que sua melhor amiga, motorista da noite, Watts.

Torço todos os dias que surja um novo diretor, roteirista e produtor que saiba entender uma geração tão bem quando John Hughes.

Vingança tardia

Pois então, deu saudade de William Bonner e eu estava assistindo o JN ontem quando essa matéria provou que o que eu digo há anos tem sentido.

Faltam pediatras, ginecologistas e clínicos no Brasil

Um levantamento do Ministério da Educação ajuda a explicar por que alguns especialistas médicos andam em falta no Brasil

Filho de pediatra. Marcelo Cascapera decidiu seguir a carreira do pai. Na faculdade foi um dos poucos a querer cuidar das crianças.

“Na época do meu pai, um terço da turma de cem alunos queria fazer residência de pediatria. Hoje, na minha turma, foram 11 de cem. Então é uma concorrência bem menor”, explica o médico residente.

Pediatria, ginecologia, medicina da família, clínica geral. Essas especialidades estão em baixa. Já não atraem tantos futuros médicos. A consequência é a falta de profissionais que afeta serviços de saúde e hospitais.

Em um hospital beneficente em Botucatu no interior de São Paulo, há vagas mas faltam especialistas. Há mais de um ano o quadro de médicos está incompleto.

“Os médicos preferem montar os seus consultórios e fazer o atendimento particular onde a remuneração vai ser melhor e o risco do médico também vai ser menor”, explica o diretor clínico do hospital, Marcos Guazzelli.

Enquanto especialidades básicas estão em baixa, outras que pagam bem e valorizam os profissionais estão em alta. As áreas ligadas à estética como dermatologia e endocrinologia tiveram todas as vagas de residência ocupadas. Já para pediatria e ginecologia e obstetrícia sobram vagas.

Fabiana Freitas escolheu a radiologia que evoluiu muito e atrai cada vez mais.

“Recebe muito investimento em tecnologia. Além disso, interage com as outras especialidades médicas”, afirma a médica residente.

Para o presidente da Associação Médica Brasileira não basta oferecer cursos é preciso pensar no futuro do médico e na necessidade da população.

“Eu penso que nos falta completamente políticas efetivas de gestão de recursos humanos na área de saúde. É importante criar condições de trabalho, valorizar os profissionais sobretudo nas áreas chamadas estratégicas onde mais falta”, argumenta José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira.

sábado, agosto 01, 2009

Anônimo leitor

Não é minha culpa! Alguém me perguntou se eu andava sem inspiração, mas a resposta é 'ando sem conexão'. Há um mês que eu luto com minha conexão e aqui as opções para troca de servidor são quase inexistentes. Eu reconheço que a culpa não é da empresa pelo que entendo de tecnologia, mas minha paciência anda acabando e meu tempo disponível pra recuperar o que deixei de fazer é mínimo. Então, ando 'agarrada' com meus próprios escritos (que precisam de pesquisa e vários têm que ser confirmados) e sem tempo pra responder emails e voltar à tradução da melhor fic GSR da história. Difícil é me explicar com a autora, que não deve ter tais problemas com internet lá no Primeiro Mundo, mas que também é superocupada e anda sem tempo pra concluir alguns dos 'work in progress' que dezenas de fãs do mundo inteiro cobram.

Parece que estou vendo: quando eu conseguir ler dez emails, essa porcaria cai novamente. Envio sinais de fumaça.