terça-feira, março 06, 2012
Para ocupar as mãos
Quando vim morar nesta casa, estava ciente que não teria espaço pra um jardim. Considerando minha habilidade com plantas, pareceu-me até muito justo. Não que eu não tenha tentado, nesses muitos anos, cultivar alguma planta. É que a maioria simplesmente não gosta de mim. Livros e revistas sobre o assunto estão ali na prateleira, sem falar dos inúmeros conselhos dos vendedores de plantas e adubo. Restaram alguns lírios, mini-espadas de São Jorge e algumas plantinhas que são consideradas 'mato' por aqui.
Desde a mudança, sempre havia algo mais urgente ou interessante pra fazer que 'transformar' o jardim. Mesmo porque boa parte das mudas que eu conseguia nem sequer pegava. Então, no ano passado, fiz um acordo com a proprietária da casa: eu faria um jardim e ela segurava o aumento do aluguel por uns meses, por causa do custo do meu tratamento. Gastei exatamente 112 reais com terra, brita e pedras de calçamento. O resto do material foi adaptado com o que eu já tinha em casa, as outras mudas eu ganhei. Levou uns dois meses, trabalhando uma hora por dia, em média. Parte da demora deveu-se às formigas, parte porque eu não tinha tanta energia, mas queria tudo exatamente como projetei e calculei. Durante esse tempo, eu dormi muito bem - algo difícil nos últimos anos - quer pela atividade física, quer por ter um projeto pra realizar.
De tanto ver fotos de jardins e varandas, descobri uma coisa: se seu espaço é pequeno, use o mínimo possível de espécies. Minha escolha foi usar basicamente cinco espécies com necessidade semelhante de água (eu realmente me esqueço me molhar as plantas e é preciso economizar água) e reservar a maior parte do espaço para servir de passagem sem bater nas plantas. Por questão de economia, preenchi esse espaço com brita (desde então, quase não tive que arrancar ervas daninhas) e pedras de calçamento (por uma questão de conforto). Usei as mesmas pedras da entrada da casa, não por uma questão estética apenas, mas porque era a opção mais barata. Se deu pra perceber, a maioria com folhagem é verde ou roxa, que combinam bem com o rosa da casa. Não tem nada venenoso (que eu saiba) e de medicinal, só hortelã-de-caboclo, que eu nunca provei. A água daqui não permite o cultivo de roseiras (muito salina), então, nada de rosas.
É interessante notar que quase ninguém vem aqui em casa, mas tornou-se uma questão recorrente entre meus conhecidos, saber 'como vai o jardim'. Fiquei adiando as fotografias, à espera das flores (haja fósforo e cálcio, porque a terra daqui é pobre) e que a vegetação ficasse mais encorpada. Num tremendo golpe de sorte, consegui vários espécimes na casa de mi hermano, algumas eu nem sei o nome. Finalmente, eis as fotos do 'antes' e 'depois'. Valeu cada balde de terra e pedra, com certeza.
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ser Técnica em Economia Doméstica
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2 comentários:
Adorei, muito bom! Estou tentando organizar meu jardim tbm, mas como minha mãe diz eu ainda não encontrei as espécies que se adaptam a mim e vice-versa. Ela só tem praticamente um tipo de planta que dá super bem, ela diz que são almas gêmeas, uma entende a outra... estou nessa busca...rsrsrs
Mas eu não analiso como vc, cores que combinam com a cor da parede... tenho que tirar um tempo pra isso.
Ficou muito legal!! Vou tentar registrar meus avanços...
Ai, que coisa linda que ficou, Ju! Amei! E amo teu detalhismo em todas as seus projetos! beijos!
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