Nem sempre a gente vive. Em certos dias, sobrevive. Precisamos de manutenção, como a casa, os carros e a geladeira. De vez em quando, precisamos reiniciar o sistema, limpar o HD, fazer back-up de alguns arquivos que estão ocupando espaço e que usamos uma vez por ano somente.
Ocasionalmente, damos uma repaginada. Escolhemos formas mais fáceis de fazer certas coisas e percebemos que certos objetos à nossa volta perderam o encanto ou sua função em nossa vida. É aí que limpamos o guarda-roupa e doamos um monte de peças que só ocupam espaço, remexemos na papelada que se acumula pelas gavetas (ou nos organizadores de bagunça), arquivamos as contas pagas e descartamos as notas do supermercado dos meses passados. Nessas épocas, descobrimos que há anos aqueles brincos caíram de moda ou estão desparelhados, e você sem espaço no 'porta-jóias'.
(Você tem jóias, anônima leitora? As minhas peças prediletas do momento são as bijuterias que comprei da Suzi. Ninguém tem iguais! Pra quê ouro e diamantes? Eu gosto é do design, não do custo do que está pendurado em mim).
Eu sou ordeira, já fui organizada e mantenho uma certa rotina em minha vida. Me desfaço de roupas que não uso, independente de estarem velhas ou não. Troco com amigas que me repassam, por sua vez, outras peças que estão mofando no guarda-roupa delas.
Mas não empresto mais nada: dinheiro, livros, filmes ou as revistas do Batman. Como diz Martha Medeiros:
'a ninguém ofereço meu vinho branco
não empresto minhas roupas mais caras
e são só meus os meus segredos'
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