Sabe aqueles relacionamentos que a gente acompanha e se pergunta:
- ‘O que esse(a) homem/mulher está fazendo? Porque ele(a) que não larga/aceita fulano(a)?’
- ‘Eu nunca teria um (a) marido/mulher assim!’
- ‘Prefiro a solidão a uma situação como essa!’
Sabe quando depois de muito tempo (ou nunca) a gente entende que tinha de ser daquele jeito, que aquela era a história deles e não a sua?
Essa é uma de minhas listas de filmes sobre o tema:
Clássico/Obrigatório
A insustentável leveza do ser (The Unbearable Lightness of Being), com Daniel Day Lewis e Juliette Binoche. BAFTA (1989) de melhor roteiro adaptado, Independent Spirit Awards (1989) de melhor fotografia. Indicado ao Oscar (1989) de melhor fotografia (Sven Nykvist) e melhor roteiro adaptado. Indicado ao Globo de Ouro (1989) de melhor filme de cinema - drama - e melhor atuação de atriz coadjuvante em cinema (Lena Olin).
Uma excelente adaptação do livro homônimo de Milan Kundera, é uma oportunidade de ver dois jovens atores (que marcariam a década seguinte) interpretando dois dos personagens mais fascinantes que já conheci. Com o cenário político como fundo, a história explora as sutilezas do relacionamento entre Tomas e Tereza, e o modo como cada um vê o amor e o sexo. Um conto inesquecível sobre a complexidade das relações humanas, que merece ser explorado na obra que inspirou o filme.
Pra ver e rever
A razão do meu afeto (The Object of my Affection), com Paul Rudd e Jennifer Aniston.
Tirando a questão hetero/homossexual do debate, imagine uma amizade perfeita. Imagine que um se apaixona pelo outro, e saiba que esse amor nunca será correspondido. É assim que começa essa comédia romântica ambientada em NY que, por alguma razão roubou meu coração. Não é o melhor roteiro do mundo (baseado no livro homônimo de Stephen McCauley, que eu nunca li), a trilha sonora é legal, a direção de arte também, mas há algo nos personagens (não apenas nos personagens principais) que me faz pensar que os conheço de algum lugar. Ainda que não se torne um de seus filmes prediletos, vale como diversão.
Indicações pessoais
Lado a lado (Stepmom), com Susan Sarandon, Ed Harris e Julia Roberts.
Esse foi um daqueles filmes que eu fui assistir porque é impossível resistir a Julia, Susan e Harris numa única história. Pra quem já acompanhou uma separação e a reconstrução de vida de uma das partes, o filme tem momentos agridoces, sem contar que conta muito mais que a adaptação de uma nova pessoa no universo da antiga família. Susan e Julia reconheceram que o dia-a-dia das filmagens era tenso, porque o relacionamento entre Isabel e Jackie não é nada fácil. Destaque para a direção de arte e fotografia, e pra atuação de Jena Malone e Liam Aiken.
Geniais
Paraíso das Ilusões (Kiss the Sky), com William Petersen e Gary Cole.
Na primeira vez que eu assisti Kiss the Sky, assim que os créditos começaram a rolar, eu escrevi um email a quem havia me dado o DVD de presente. Começava com 'Esqueça William Petersen, o filme é demais!'. O que torna essa história genial são os diálogos. Alguns críticos comentam que é um dos filmes que melhor retrataram o universo e o modo de pensar masculino. A fotografia é boa, a atuação de todos não é nada mal (Terence Stamp está ótimo) e por mais surreal que tudo pareça, muitas pessoas vão se identificar com o sentimento de angústia e despersonalização vivido por Jeff e Marty no início do filme (e apoiar parte das decisões deles pra sair disso). Destaque pra cena inicial, onde os dois discutem os prós e contras dos antidepressivos da moda.
Valem a pena
O poder do amor (Something to talk about), com Julia Roberts e Denis Quaid.
Essa foi minha primeira decepção de filme com Julia Roberts. O filme em si é um daqueles que a gente indica dizendo 'é, se não tiver nada melhor pra fazer...', mas mostra a reação inesperada de uma mulher toda certinha às voltas com o marido namorador. Nunca esqueci a cena da reunião de mães na escola, em que ela diz algo como: 'Só mais uma coisa: quem mais aqui dormiu com meu marido?'
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