Continuando...

Fui a outra livraria (vai que eu passava mal de novo, ia virar piada) pra tentar um novo contato com 'Level 26'. Hã,ainda não, Sr Zuiker. Continuo enjoando ali pela página 200 (mesma cena). Sorry.

(descobri que o livro está na seção de 'terror'. Acho que isso explica tudo. Eu nunca li terror. Li Stephen King, mas foi 'The Green mile')

Eu indico

Essa vai pra Suzi, que andou conferindo as indicações recentemente:

- 'Obrigatório':

A cor púrpura (The color purple). Indicações (Oscar): melhor filme, melhor atriz (Whoopi Goldberg), melhor atriz coadjuvante (Oprah Winfrey e Margaret Avery), melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor figurino, melhor maquiagem, melhor trilha sonora, melhor canção original (Miss Celie's Blues) e melhor roteiro adaptado.

Baseado no romance homônimo de Alice Walker (lido e relido), é considerado o filme mais injustiçado de todos os tempos. 11 indicações ao Oscar e não ganhou nenhuma! Foi na época que a Academia implicava com Spilberg, achando-o comercial demais (ou jovem demais, ou brilhante demais pros padrões deles, vai saber). É um dos melhores roteiros adaptados de todos os tempos e aproveito pra indicar o livro também. As cartas de Celie ('Querido Deus...') são tão pungentes de desespero que é impossível não se identificar com a história.

- 'Para ver e rever'
À espera de um milagre ('The green mile'), Indicação Oscar: Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Michael Clarke Duncan), Melhor Som e Melhor Roteiro Adaptado.Globo de ouro 2000: Indicação Ator Coadjuvante (Michael Clarke Duncan).

Baseado no livro homônimo de Stephen King, esse é um dos meus dois filmes prediletos 'de prisão'. A atuação de Tom Hanks é primorosa. Repare na cena inicial do guarda Paul tentando urinar, com uma infecção urinária grave. A gente sente a dor do coitado. É um conto maravilhoso sobre fé e bondade humana, e o elenco foi escolhido a dedo.A fotografia também merece menção.

Nota: 'The green mile', o livro, foi publicado em vários fascículos, vendidos nas bancas, e criou uma expectativa crescente à medida que cada fascículo foi lançado, de modo semelhante às histórias de Dickens, que inspiraram o projeto de King. É uma história que nada tem de horror, a meu ver (eu só associava Stephen a histórias de horror). É tão bom que ganhou um lugar especial ali na estante.

- 'Genial'

Garota Interrompida ('Girl, interrupted'), com Winona Rider, Vanessa Redgrave, Whoopi Goldberg e Britany Murphy. Globo de ouro 2000 Atriz Coadjuvante (Angelina Jolie)


Numa época em que o mundo parecia de cabeça pra baixo, a adolescência de Suzanna parece mais estranha que o habitual e ela é internada 'voluntariamente' para tratamento após uma tentativa de suicídio.

Esse foi meu segundo filme com Angelina Jolie. Baseado no livro homônimo e autobiográfico de Susanna Kaysen, relata os dois anos de internação de uma adolescente em uma instituição (McLean Hospital, aqui chamado de 'Claymoore')que se tornaria famosa pelos tratamentos revolucionários nos anos seguintes. Neste hospital foram tratados o matemático John Nash ('Uma mente brilhante'), os poetas Robert Lowell and Sylvia Plath, os cantores James Taylor and Ray Charles, e escritores como a própria Susanna Kaysen e David Foster Wallace.

(encontrei o livro, certa vez, e deixei pra comprar depois. Nunca mais encontrei)

- 'Indicação Pessoal'

O príncipe das marés (Prince of tides), com Babra Streisand e Nick Nolte.
Indicações (Oscar): Melhor Filme, melhor ator ( Nick Nolte ), melhor atriz coadjuvante, ( Kate Nelligan ), Roteiro Adaptado (Becky Johnston & Pat Conroy), Melhor Direção de Arte(Paul Sylbert & Caryl Heller), Melhor Fotografia (Stephen Goldblatt) e melhor trilha sonora (James Newton Howard). Indicações (Globo de Ouro):
Melhor Diretor (Barbra Streisand) e Melhor Filme - Drama

Baseado no romance homônimo de Pat Conroy, aborda diversos temas polêmicos numa única história: abuso infantil, violência doméstica, relacionamentos familiares, relação médico-paciente, etc. Perdeu o Oscar de melhor filme porque foi o ano de 'O Silêncio dos Inocentes', mas mereceu cada indicação. Um filme forte e inesquecível.

(existe a edição em português, mas nunca encontrei pra poder indicar)

- 'Vale a pena'

Adoráveis mulheres ('Litte Women'), com Susan Saradon. Indicações Oscar (1995): trilha sonora original (Thomas Newman), figurino (Colleen Atwood), atriz (Wynona Rider).

Baseado no romance homônimo e autobriográfico de Louisa May Alcott (e ainda pega a continuação da história, contada em 'Good Wives'). É um desses clássicos literários bem adaptado pro cinema, com um elenco de qualidade. Por alguma razão, o livro 'Good Wives' não se encontra em português, mas 'Little Women' (Mulherzinhas) é ainda melhor que o filme.


Atenção porque também existe a versão filmada em 1944, que eu conhecia da 'Sessão da tarde'!

- 'Menção Honrosa'

'A firma', com Tom Cruise, Jack Nicholson e Holly Hunter, de Sydney Pollack

Por alguma razão, eu acho 'A firma', escrito por John Grisham, uma versão soft de 'O advogado do Diabo', de Andrew Neiderman, livro que se tornou conhecido por causa do filme com Pacino e Keanu Reeves. A maioria das histórias de Grisham envolve advogados (porque ele é um) e essa não é exceção. Jovem recém-formado em Harvard, muito brilhante, é convidado pra trabalhar numa firma que parece perfeita, mas envolve um grande segredo. Esqueça o paralelo com o demônio e se concentre nas jogadas dos profissionais de direito. Boa diversão!

Mico da década

Passeando pelo Shopping Recife, resolvi olhar a vitrine da livraria e dei com um livro de Anthony Zuiker (criador das séries CSI). Com muuuuito tempo disponível (umas quatro horas) até o início da sessão de cinema, resolvi dar uma folheada. Pra quem lê muito rápido, 'uma folheada' de quatro horas é mais de meio livro, dos enormes. Começou mais ou menos (eu encontrando indícios de 'Dragão Vermelho', 'Silêncio dos Inocentes' e outras histórias semelhantes), foi ficando interessante e de repente... Eu comecei a passar mal. De verdade!

Eu devo ter lido uma hora e meia, acho. Estava lá pela página 200, quando a descrição de um dos crimes me deixou tão pálida que um dos atendentes se aproximou da mesa. Eu devolvi o livro e expliquei que mergulhava nas histórias. Pedi licença e baixei a cabeça uns minutinhos. Eu suava frio, tentando controlar a náusea. Detalhe: a última vez que eu passei mal com um livro tem mais de 20 anos. Foi com 'Tubarão', que eu nunca terminei. Ficou a impressão que aquele não era tão impressionante assim, eu é que tenho imaginação fértil, mas na época eu tinha uns doze anos. Depois disso, o que eu li de coisa macabra não cabe aqui. Mas hoje...

Mais de um atendente apareceu, me trouxeram água e eu continuava suando frio. Um deles perguntou se deveria chamar o bombeiro que fica de plantão no shopping. Eu devia estar mesmo com uma cara horrível, mas tentei explicar que era a história que havia me deixado daquele jeito. Demorou, mas eu melhorei, tomei minha água e saí de lá com 'Um otimista incorrigível', do Michael J. Fox.

Vou redigir um post, no twitter, pra A. Zuiker, e dizer que ele deve continuar com as séries de TV. Ou suavizar o enredo do próximo livro. Porque eu estava só fazendo hora, já estava certa que compraria aquele, mas depois dessa, acho que preciso de uns dias, semanas ou meses pra voltar a pegar naquilo. Se eu pegar.

Eu indico

E vamos às indicações, anônimo leitor. Antes que alguém me pergunte por que, eu explico: uma grande amiga adora me indicar bandas de música e eu retribuo indicando filmes. O detalhe é que eu escuto um ou dois álbuns que ela indica, ela vê um em cada cem filmes que eu recomendo. Dá pra entender? Não tente. É coisa de irmã de alma.

- 'Obrigatório':
'As pontes de Madison' (The Bridges of Madison County, 1996), de Clint Eastwood. Indicação Oscar melhor atriz (Meryl Streep), com Clint Eastwood.

Baseado no livro homônimo de Robert James Waller, é um daqueles filmes imperdíveis. O interessante é que caiu no gosto de muitos homens, que não tinham vergonha de reconhecer que haviam se emocionado com a história. Foi indicado para melhor filme de língua estrangeira na França, pro Globo de Ouro em duas categorias, mas ganhou os prêmios mais importantes no Japão (melhor diretor e melhor filme de língua estrangeira). Destaque para a fotografia. Depois de assistir, dá vontade de conhecer Iowa.

- 'Para ver e rever'
'Erin Bronkovich', Oscar (melhor atriz) Julia Roberts.

Esse seria um filme com bom roteiro, indicado pra passar o tempo, se não fosse pela interpretação de Julia Roberts. Sempre gostei de Julia Roberts atuando, mas a própria Erin Bronkovich (em quem o filme se baseia) reconhece que é ela, sem tirar nem pôr. Recomendo que você também assista aos extras do DVD.

(esse 'pôr' tem acento? Ainda estou apanhando das novas regras)

- 'Genial'
'Garotas do Calendário', Globo de ouro (indicação) Atriz - Musical/Comédia (Helen Mirren)

Passada a fase de novidade, não é tão fácil encontrar esse, mas vale o esforço empregado. As paisagens de Yorkshire, a própria história e o elenco fazem esse filme uma excelente diversão.

- 'Indicação Pessoal'
'A excêntrica família de Antônia' (Holanda, 1996). Oscar melhor filme estrangeiro, de Marleen Gorris.

A maioria dos brasileiros que ouviu falar desse, acrescenta 'foi o filme que fez 'O qu4trilho' perder o Oscar'. Por causa disso, eu assisti e gostei muito. Outras pessoas detestaram. Como a lista de hoje está recheada de mulheres fortes, eu indico.

- 'Vale a pena'
'Para Wong Foo, obrigada por tudo, Julie Newmar', com Patrick Swayze, Wesley Snipes

Conheci esse quando estava sendo divulgado por Swayze, no Brasil. Em pleno programa do Jô Soares, Patrick deu uma aula de como andar de salto alto. Depois disso, eu tinha que assistir. Leve, divertido e uma ótima oportunidade de ver dois ícones heterossexuais em papéis incomuns.

- 'Menção Honrosa'
'Abaixo o Amor', com Renné Zellweger e Ewan MacGregor.

Se você é fã de um dos dois, assista. Se não assistir, não será o fim do mundo.

'Terça-Feira Gorda'

Anônimo leitor, se você sabe a razão de chamarem a terça-feira de Carnaval assim, por favor me informe. De minha parte, eu estou satisfeita que o feriadão esteja acabando, uma vez que é impossível resolver algo fora de casa nos dias de folia. Aqui no interior, porque muita coisa está fechada. Em Recife porque, bem, é a capital do frevo.
De fato, no Brasil, o ano só começa pra valer depois do Carnaval. Isso significa que, se o Carnaval é em março, são três meses perdidos no ano. Pra se ter uma idéia, a Globo só divulga a programação em abril. Novos programas, novas séries e minisséries, repaginação dos antigos programas, tudo é em abril.
Então, vamos às resoluções pós-Carnaval:
- Voltar a nadar: finalmente tem piscina aquecida numa das academias da cidade. Como aqui faz frio de verdade no inverno, natação o ano inteiro, só em piscina aquecida.
- Fazer uma 'Oficina de Criação Literária': como meu projeto de pós-graduação em Dermatologia não deu certo (a entidade não é reconhecida pela Associação Pernambuca de Dermatologia), eu resolvi investir na minha outra área de atuação. Medicina já me deu (e dará) alegrias, mas o sentimento de realização que tenho ao escrever é único.
- Continuar a tradução de 'Remember the Lake Tahoe' (fanfic CSI): é sempre bom ter um 'work in progress'. Como eu sou lenta, mas fiel, sei que um dia terminarei aquilo. Basta ser paciente e não me apressar.
- Ir ao Recife com mais frequência: eu nunca fui de muita farra, mas não sou eremita. Estou com saudade da minha livraria predileta, do mar e dos cinemas. Sem falar que preciso aumentar meu círculo de amizades.

E porque deu saudade deste Jack:

'The sparrow and the Hawk', de Jack Vettriano.

Eu indico

O problema de Indicar filmes é que é algo muito, muito pessoal. Portanto, imagine que, se eu tivesse uma lista dos cinco filmes seguintes, essa seria a classificação:

- Obrigatório
'Chicago', com Richard Gere e Renée Zellweger. Oscars (2003): melhor Filme, Atriz coadjuvante (Catherina Zeta-Jones), Figurino, Montagem, Direção de arte, Som. Outros prêmios aqui.

Interpretações e roteiro à parte, a trilha sonora (outra injustiça da Academia) de 'Chicago' é ma-ra-vi-lho-sa. Muitos declararam que não se via um musical daqueles há muito tempo, com o devido respeito a 'Moulin Rouge'. Um espetáculo à parte foi ter Catherina Zeta-Jones na cerimônia do Ocar cantando uma das canções indicadas, aos nove meses de gravidez. Logo depois, ela subia novamente ao palco, pra receber um Oscar mais que merecido. Na época das gravações, ninguém sabia por que o diretor fez questão de gravar primeiro todas as cenas de dança de Catherina. Só depois que a barriga começou a aparecer, é que todo mundo entendeu.

-Para ver e rever
'Alguém Tem Que Ceder' (Someone's gotta give), com Keanu Reeves e Francis MacDorman. Indicação Oscar (2004): Atriz (Diane Keaton). Globo de ouro: melhor Atriz - Musical/Comédia (Diane Keaton ) e (indicação) Melhor Ator - Musical/Comédia (Jack Nicholson) . Outros prêmios aqui.

Inteligente e surpreendente, esse filme contou com duas feras em interpretação. O timing deles é perfeito. O visual da história sempre me encanta (note a decoração das respectivas residências dos personagens principais, e as cores que cada um usa) e a trilha sonora 'casa' muito bem com a história. Destaque pra cena da escada na praia, ao som de 'You can get it if you really want'.

- Genial
'A cartada final' (The Score), com Robert De Niro, Edward Norton e Marlon Brando.

É a interpretação que torna esse filme genial. No entanto, eu adoro esses enredos de roubos e assaltos mirabolantes, e gosto muitíssimo de Norton, então sou suspeita pra falar.

- Indicação pessoal
'Inimigo meu' (Enemy Mine), com Denis Quaid e Louis Gasset Jr.

Duas culturas completamente diversas convivendo por necessidade no mesmo espaço físico, uma tentando se impor à outra. Certamente a temática foi abordada em outros filmes, mas esse é uma daquelas lembranças queridas da infância.

- Vale a pena
'O Sorriso de Monalisa' (Monalisa Smile), Globo de ouro (indicação): Canção Original (`The Heart of Every Girl`, Elton John).

Esse filme atrai pelo elenco, mas não é o melhor do currículo de nenhum dos atores e atrizes participantes. Pra quem gosta de 'Sociedade dos Poetas Mortos', é uma boa.

- Menção Honrosa
'A rainha Margot' (La Reine Margot). Indicação Oscar (1995): figurino (Moidele Bickel).

Válido pelo caráter histórico. Pra ver a Isabele Adjani também.

Nada contra o carnaval, mas...

...é difícil se sentir em Nárnia quando o clube da cidade fica a 100 metros da sua casa. Passaram o dia tocando música de carnaval. Enquanto era Alceu Valença, estava ótimo. Mas, dá pra se envolver numa batalha ao som de banda de brega? Irc!

Eu gosto de carnaval, claro que sim. Como manifestação cultural é incrível. Como festa de rua, é interessante, se você estiver no espírito. E Pernambuco é famoso por seu carnaval de rua. Um turista pode passar todos os dias da festa, vendo caboclinhos, maracatus, frevo, trio elétrico, blocos cantando marchinhas antigas, se divertindo com as fantasias e brincadeiras nas ruas de Olinda, ver os papangus, brincar de mela-mela, sem repetir a programação nem um dia! Ontem teve Cordel do Fogo Encantado, hoje tem a noite dos tabores silenciosos em Olinda, um ritual histórico, iniciado com escravos africanos. É algo bonito de se presenciar.

E quem gosta de dançar, está feito! Em Pernambuco, todo mundo que gosta de carnaval se mete num bloco de rua, cada um com um nome mais engraçado que o outro, ao som de uma banda ou de um trio, ou de um carro com som. Parece maluquice pra quem não conhece, mas é divertido. A essas horas, o ex-ministro Gustavo Krause deve estar em algum lugar de Recife ou Olinda, bebendo e dançando. Nem quando era ministro deixou de brincar carnaval. Eu conheci até um padre, da Paraíba, que vinha todos os anos a Recife, só pra brincar no desfile do Galo da Madrugada.

Mas... Assim como muita gente enjoa de ver desfile de escola de samba pela TV, porque parece a mesma coisa todo ano (e não é), toda aquela riqueza cultural vai se tornando parte da paisagem quando você não é de farra. Eu vi meu primeiro carnaval aos 12 anos de idade e fiquei encantada, porque cresci numa cidade onde não tinha carnaval. Bem que tentei, de coração, ainda mais porque tem um frevo que diz que 'quem é de fato um bom pernambucano, espera um ano e se mete na brincadeira'. Até o bloco de carnaval que a igreja organizou, eu conheci. Não deu, fazer o quê?

Portanto, a respeito dessa época do ano eu só tenho duas coisas contra: a previsibilidade da programação de TV e quem quer arrastar pra brincadeira alguém que não é folião. Eu aproveito o feriadão de outra forma. Quanto ao clube aqui perto, todo domingo tem uma banda tocando e o som nunca é alto demais, então mal se percebe que é carnaval, exceto pelo repertório e pelo dia da semana. E eu tenho que reconhecer que ouvir o hino de Pernambuco em ritmo de frevo balança o coração. ;)

Eu indico

Sem nada pra fazer (Aslam, Lucy e os irmãos estão descansando), eu comecei a organizar uma lista de filmes que data de muito, muito tempo atrás. O ruim de morar em interior é que não tem cinema, então eu perco muito filme bom. Na lista, os filmes estão divididos em categorias e o critério é totalmente subjetivo:

- 'Obrigatórios': aqueles filmes que, quando você admite que adora cinema, é indesculpável não ter visto. Ex: 'O último tango em Paris', com Marlon Brando.

(É verdade que, na época que assisti esse, não entendi nada. Ah, a juventude. Mas voltemos à lista)

- 'Para ver e rever': são aqueles que não saem do DVD player ou videocassete. Você sabe os diálogos de cor. Nem sempre foram campeões de bilheterias, alguns são desconhecidos pra maioria das pessoas, mas e daí? Gosto é gosto. Ex: 'Moulin Rouge', com Nicole Kidman e Ewan McGregor.

(Uma injustiça esse não ter sido sequer indicado pela Academia pra melhor trilha sonora)

- 'Geniais': o roteiro de um filme geralmente é o que o faz 'genial', mas às vezes foi o ator ou o diretor (ou ambos) que roubaram a cena. Filmes 'geniais' são tão bons que, muitas vezes, acabam na categoria 'Para ver e rever'. Ex: 'Gran Torino'.

- 'Indicações pessoais': filmes que você adorou e indica pra todo mundo. Ex: 'Doze homens e uma sentença', de William Friedkin.

(eu realmente adoro esse, que me foi apresentado por meu irmão, muito antes de eu virar fã de William Petersen. Nem me lembrava que ele estava no elenco, de tão boa a atuação de Lemmon)

- 'Valem a pena': filmes bons, mas não impressionantes, que valem o seu tempo. Alguns são grandes filmes, mas não mexeram (tanto) com você a ponto de alguém ouvir você dizem 'Ah, mas você tem que assistir esse. É ótimo!'. Ex: 'Coração Valente'.

(eu sei, eu sei. Ganhou mais de um Oscar, mas eu achei muito longo. É muito bom, mas eu só gostei do caráter histórico)

- 'Menção Honrosa': sabe aquele filme que você não faz questão de rever e outra pessoa adorou? Está aqui. Pode ser o filme mais comentado, ganhador de um monte de prêmios, etc. Outros você viu na programação da madrugada, na 'sessão da tarde', pegou na locadora pra completar o pacote e sua avaliação foi 'É, é legal', mas não seriam filmes que constariam como primeira (ou segunda, ou terceira) opção pra indicar ou rever. Ex: 'Sherlock Holmes'.

(Downey Jr está tão bom que eu não gostei do personagem dele. Reconheço a qualidade da trilha sonora, sei que Guy Ritchie fez um bom trabalho, mas o filme não me tocou. Acho que eu esperava outra coisa, só isso. Nada pessoal).

Como a lista é enoooorme, encontrei material pros posts até o Carnaval de 2012. E aceito críticas (educadas) e sugestões, mas lembrem-se: a classificação é subjetiva.

Programação de Carnaval

Com licença, fui pra Nárnia! Ganhei a coletânia das Crônicas de Nárnia, presente de Natal de Fernanda e finalmente comecei a ler. O livro ainda tem um anexo, da autoria de Lewis sobre como escrever pra crianças.

Eu não sei quanto a você, mas eu viajo mesmo quando estou lendo. As pessoas falam comigo e eu não escuto. Já cheguei a perder a hora de voltar pra sala de aula, no tempo da escola, porque passei o recreio inteiro lendo na biblioteca. O bom foi que o professor (outro leitor compulsivo e escritor) acreditou que eu não estava cabulando aula. Ele sabia a aluna que tinha.

Então, toda vez que eu releio 'A ilha do Tesouro', eu sou perseguida por piratas. Vou pra França do tempo de Felipe, O belo quando leio 'Os reis Malditos' (obrigada, Vicky, por me indicar), pra Charleston e pra Irlanda com 'Scarlett' e passei quase dois anos num navio baleeiro com Ismael, curtindo 'Moby Dick'. É claro que o mesmo acontece quando eu escrevo. Faz o maior sol aqui e eu estou no meio da neve. Há alguns meses, eu ia pro trabalho no meio de uma poeira horrível e só via campos de girassóis diante de mim.

Passei o dia vendo Nárnia ser criada por Aslan e foi maravilhoso. Sinta-se convidado a seguir comigo, anônimo leitor. Eu só volto na semana que vem.

Falando em Carnaval..

Enviar notícia de Carnaval por e-mail esse povo sabe. Informar sobre congressos, encontros, especializações... Nem sempre.

Curtas

Ganhei o DVD de curtas da Pixar de presente atrasado de Natal. Imediatamente me lembrei do meu irmão, que coleciona isso há anos. Ele sempre enfatiza o quanto a Pixar evoluiu ao longo dos anos em matéria de animação. Isso me lembra que tenho que assistir 'Up'. Oooops! E 'Wall-e' também.
***
Depois que Bonner comentou sobre 'Invictus' no twitter e Fernanda fez propaganda do filme, fiquei ainda mais sentida de ter perdido a sessão. Acho que vou a Recife só pra ver o filme. Eastwood, Freeman e Damon na mesma sessão são um convite e tanto.
***
Eu me curvo à qualidade de David Rambo como produtor, mas sinto falta dos roteiros com Grissom e Sara. Acho que estou com saudades daqueles dois. A culpa é da Record, que está reprisando CSI de segunda a sexta.
***
Parece que parou de chover em São Paulo...

Insônia

Quando eu era criança, ria cem vezes da mesma crônica. Não melhorei nada. Reassisti 'You Kill me' (CSI S08E08) há pouco, com gargalhadas histéricas. Wallace Langham é impagável. Basta vê-lo na cena de análises em 'Post Mortem' (CSI S07E07), ao som de 'Word Up'.
***
Semana passada, eu finalmente assisti Crepúsculo. Bem que Fernanda me avisou que eu não estava perdendo nada. E olha que ela adora os livros, como passatempo, bem entendido.
Pra que toda aquela comoção com Crepúsculo? Quando alguém entender, me avise.
***
Ah, também vi um filme de Eastwood, com Malkovich e Angelina Jolie: 'A troca' (Changeling). Eu nem sabia que tinha esse. Também assisti 'Austrália', com Nicole Kidman e Hugh Jackman. Não gostei desse último. Recomendo o de Eastwood.
***
Coisas pra passar o tempo quando se está com insônia (pro caso de você ser como eu, que não fico rolando na cama à procura do sono):

- Ver e rever episódios de suas séries prediletas.
- Lavar louça, limpar a geladeira, encerar a casa, limpar peixe, dar banho no cachorro, fazer caligrafia...
(eu devo ser a única médica nesse mundo que faz caligrafia regularmente e minha letra não é tão boa assim, apesar disso)
- Escrever, escrever, escrever, escrever...

Não recomendo:
- Ler algum livro (eu perco o sono de vez, querendo saber o final da história)
- Estudar (o cansaço me impede uma boa concentração)
- Bater papo pelo MSN (todo mundo está dormindo ou acordado por causa de trabalho)
- Procurar algo de bom na TV aberta (é muito difícil, mas você pode dar sorte)
- Contar carneirinhos

Como assim, semana que vem é carnaval?

Eu devo ser a pernambucana mais desligada de carnaval que já existiu. Acho lindo, mas não me animo a brincar. Deve ser porque cresci sem brincar carnaval, eu acho.

(desculpa sem sentido, porque meu outro irmão adora. Deve ser da pessoa mesmo)

Aliás, detesto a programação da TV nessa época, porque deixa o espectador sem opção, caso ele não goste de carnaval. Ano passado, o Oscar foi em pleno Carnaval e a Globo nem pra dar uma justificativa.

Como eu ligo a TV pra a) ver algum filme no DVd ou videocassete, b) confirmar de W. Bonner e Fátima ainda apresentam o JN e c) ver CSI; não faz muita diferença se é Páscoa, Natal ou Carnaval. Acompanho as notícias pela internet, inclusive as newsletters do JN. Na verdade, eu sei exatamente a programação do Carnaval:

- sábado passado foi o Bal Masqué em Recife. O que significa que não teve Supercine em PE porque televisionaram o evento.

- sábado que vem teremos Francisco José e colegas cobrindo o desfile do Galo da Madrugada, interrompido apenas pra passar o Jornal Hoje.

- Desfile das Escolas de Samba de São Paulo. Só não sei se ainda é William Bonner quem comenta.

- Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, com os mesmos comentaristas de sempre.

- Apuração dos desfiles citados na terça e quarta-feira.

- Flashes durante toda a programação da Globo. As outras emissoras vão televisionar o Desfile das Virgens, o carnaval de rua em Olinda, os caboclinhos no Recife Antigo, etc, etc.

É muito bonito e divertido. Pra não dizer que eu falo sem conhecimento, devo declarar que gosto das antigas marchinhas de Carnaval, já fui a Olinda e achei muito divertido. E quente, e cheio de gente, complicado pra ir e voltar, e por aí vai. Pra quem gosta, é um prato cheio. Eu prefiro ficar em casa, com pilhas de filme.

Bom carnaval a todos, Happy Valentine's Day pra quem comemora em fevereiro e até a Quarta-Feira de Cinzas.

Presente da RECORD

CSI todas as noites.

E nem é meu aniversário...

Presente de Doda

Depois de uma verdadeira saga desde novembro de 2009, um livro de saga e superação, que eu indico:



Consegui trocar o cartão-presente Siciliano na Livraria Saraiva. Vai entender...

Presente do meu irmão

Meu irmão é quem resolve minhas broncas tecnológicas. Então, finalmente estão aqui: o celular de segunda mão que parece novo (toca música, não me pergunte se é MP3, MP4 ou algo do tipo, é pra isso que serve meu personal tecnológico), meu netbook (prazer, 'Will', é óbvio, porque o nome é perfeito) e minha câmera, também de segunda mão (tem tanta função que eu vou passar mais um ano só pra aprender a usar).

Não, eu não comprei tudo de uma vez. É que faz um ano que eu encomendo coisas e vou deixando pra pegar depois. As caixas de som do antigo PC estavam lá há um ano. Tanto tempo que eu me esqueci que elas funcionam em 110V e coloquei direto na tomada. Já viu, né?

(Levei o amplificador queimado pro superbrother. Vejamos no que dá)

Alguém tem uma sugestão pra batizar a câmera?

Presente de Vicky

O William Bonner no Twitter. Hi-lá-rio.

(Só assim eu descobria como funciona o Twitter)

Presente de Fernanda

Invictus

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

William Ernest Henley, 1875

Tradução:
Fora da noite que me cobre,
Negro como o poço de pólo a pólo,
A qualquer Deus - se algum acaso existe
Por minha alma inconquistável agradeço.

Nas garras da circunstância
Eu não vacilei e nem me ouviram chorar.
Sob os golpes do acaso
Minha cabeça sangra mas permanece ereta.

Além deste lugar de rancor e lágrimas
Somente o Horror das sombras se anuncia.
E mesmo a ameaça dos anos
Encontra, e há de encontrar-me, destemido.

Não importa quão estreito o portão,
Quão repleto de penas o veredicto,
Eu sou o dono do meu destino:
Eu sou o capitão da minha alma.

(tinha que ser um William...)