Uma revisada na agenda do último ano pra copiar telefones, e encontrei isto, no início de outubro. Poderia ser de qualquer dia de minha vida, com louváveis exceções, todas do período em que eu estive com ele.
Dor. A dor voltou há duas semanas e agora sei que não vai mais embora. São muitos anos (desde a infância) para que eu me engane. O que me prende aqui são dívidas. Quero deixá-las quitadas. Todas. Minha vida durará o tempo das dívidas. Não tenho outro projeto senão este: deixar tudo impecável e sair deste mundo. Vou encerrar e-mails, pintar o apartamento, arranjar um lugar para Nikita, passar adiante livros, dar o PC para Eduardo, deletar meus arquivos.
Mas ninguém deve saber.
Dor. A dor persiste em saber que eu mesma destruí cada aspecto de minha vida, que não sobrou nada por que continuar.
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