Desapareceu do hotel onde estava hospedado, o suposto médico cubano José Ricardo Marin Forno. Digo 'suposto' porque ele está sendo investigado no Peru e na Bolívia por golpes contra prefeituras e desconfia-se que ele não é médico. Ele informou que veio ao Brasil para atuar no programa Mais Médicos e saiu do hotel para caminhar, mas não voltou. O estranho nessa história é que não havia um cubano nos estrangeiros aceitos na primeira leva de médicos formados no exterior. E esses e os cubanos recém-chegados estão todos em alojamentos do exército, não em hotéis.
Enfim, esse caso é um perfeito exemplo do que pode acontecer quando não se revalida um diploma. A revalidação não é apenas mostrar um papel, que pode ser falsificado. Trata-se de uma prova de conhecimentos profissionais. Eu posso falar do risco que se corre porque dei um plantão com um falso médico. Era um lugar tão cheio de intercorrências que eu não vi o 'colega' o dia inteiro, então não tinha como descobrir. Sabe-se lá quantos prejudicou.
Aproveitando: muitos colegas têm falado da qualidade dos médicos cubanos. Eu não posso falar do que não conheço. Talvez existam, sim, excelentes médicos entre esses que vêm prestar ajuda (eu só posso saber pela revalidação do diploma). Considero ação humanitária um trabalho lindo e é no que eu trabalharia, se minha saúde permitisse. Mas nosso país presta auxílio humanitário, perguntem ao Haiti! Se a situação estivesse nesse ponto de precisar de auxílio, obviamente o exército já teria sido mobilizado. E desde quando auxílio humanitário é pago pelo país necessitado? Estão usando essa conversa pra enganar quem quer ser enganado.
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