...que a dona da casa veio olhar a situação. Trouxe o filho junto. Os dois reconhecem que terão de refazer o balcão da cozinha, tirar a cerâmica da cozinha e da sala, mas o homem insistiu que eu teria que pagar uma multa por quebra de contrato. Ambos, mãe e filho, insistem que a casa foi construída com colunas, alicerces, e uma coisa que chamam de 'radiê'. Dizem que a casa não vai cair, nem o chão vai me tragar. Reconhecem que é desagradável ficar andando com o piso ecoando cada passo da gente, mas o homem insiste no pagamento de uma multa contratual.
Pra ser bem sincera, eu ia sair da casa no final do ano, porque ela é muito grande e me dá muito trabalho pra manter limpa, apesar de gostar muito do lugar. Mesmo tendo treinamento, preciso reconhecer que uma coisa é planejar, outra é cuidar de uma casa sozinha. Agora, some o aluguel dela, mais a fiança pra outra, mais os custos da mudança, mais os custos de pintar essa daqui por dentro e por fora. Dá pra acrescentar mais um aluguel de multa? Acabo de descobrir que dá. Só o que eu economizaria de transporte se morasse mais perto do centro, é quase o valor do aluguel. Sem falar que os aluguéis daqui estão aumentando absurdamente. Não sei o que tem essa cidade pra ter imóveis tão caros!
Ah, como eu queria que aquela casinha de ontem comportasse os móveis da minha cozinha! Amanhã vou lá medir de novo. Minha vida é medir móveis e ambientes. Quem sabe? Cruza os dedos daí também porque se der certo, é 'tchau, tchau'.
'Baby, bye, bye', by Jack Vettriano
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