terça-feira, maio 25, 2010

Um dia daqueles

Eu sei, é dia do Orgulho Nerd, mas eu estou morrendo de sono. Tive até enxaqueca hoje. Pacientes complicados, graves mesmo. Bom, hoje foi dia de reunir os telefones dos prestadores de serviço pra começar a empreitada. Como eu não disponho e muito tempo pra ficar em casa na supervisão, sobra o meu dia de folga e o sábado. Será que pintam essa casa em três finais de semana? Preciso rezar pra que não chova.

A lista de itens a providenciar só faz crescer: caixas, fita adesiva, um varão de cortina. Preciso ir à casa em construção pra ver se é necessário um chuveiro elétrico (aqui faz frio de verdade), pensar num armário pro banheiro, encontrar um gesseiro que me garanta que uma estante de gesso pode ser tão resistente quando uma de alvenaria, além de mais barato.

Ainda não fui medir o resto da casa, pra saber se os móveis da cozinha cabem mesmo ou se vou ter que trocá-los. Tenho que escolher as cores das paredes (inicialmente brancas) que quero em cada ambiente, e essa decisão está diretamente ligada ao que o estofador dos sofás e cadeiras dispõe pra renovar móveis de quase dez anos.

Estou descartando móveis que me acompanham há mais de 15 anos, ainda do meu tempo de solteira. Uma boa estante de alvenaria (ou gesso) sempre foi um dos meus sonhos de leitora da Casa Cláudia, mas eu nunca morei num imóvel tempo bastante que valesse o investimento. Preciso medir cada livro, cada filme, pra saber exatamente a largura e comprimento de cada prateleira. preciso ver mais fotos sobre isso, que tenho por aqui, em algum lugar.

Lembrar de comprar alarmes, ou sensores de movimento, e trancas pras portas e janelas. Me chamem de paranóica, mas até hoje nenhum lugar onde morei foi invadido. As pessoas veem uma mulher morando sozinha e acham que é mais fácil assaltar. Eu não facilito.

Pedir a furadeira do meu irmão emprestada desde já. Preciso desmontar os armários, tirar os suportes das prateleiras, e penso se não é melhor trocar logo essa cama onde durmo, que não escolhi e da qual não gosto muito. Já imagino as plantas no pergolado. Preciso plantar pimentão, pimenta e girasóis, providenciar coentro, cebolinha e alface, além de manjericão. O espaço entre a casa e o muro é pequeno, mas dá pra fazer um canteiro de ervas. Se minha mão ruim pra plantas permitir, bem entendido.

Minha casa vive à espera de convidados, que nunca aparecem. Talvez eu mantenha a casa à espera de mim mesma. Gosto de ser bem acolhida quando chego em casa, e quase sempre reprimo a vontade de dizer 'gente, cheguei!', pros personagens que vivem comigo. Eles me perguntaram qual a cor da casa nova, por fora. Eu não sei, mas vou telefonar e saber. Eu sempre quis ter uma casa cor-de-rosa chá. Será que eu consigo?

Enquanto isso, preciso de caixas, muitas caixas. O filho da proprietária, que me encheu a paciência, queria me ensinar a embalar livros. Eu, que passei a vida inteira, desde bebê, a fazer mudanças. Era um 'sabe-tudo', só não sabe lidar com pessoas...

Importante: avisar à proprietária que estou saindo até o mês que vem. Pago a multa, mas não quero aquele filho dela comigo. E se ele vier fazer perguntas pessoais, o tempo vai fechar. O que me anima é que essa história de mudança está me ocupando o bastante pra me desligar das broncas do trabalho. E tem sido cada bronca...

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