sexta-feira, janeiro 06, 2006

Livros maravilhosos

Chovendo no molhado, claro: "Harry Potter e o príncipe mestiço". A autora merece cada centavo da fortuna que acumulou (é a mulher mais rica da Inglaterra atualmente, ganhou da rainha). É o melhor dos seis livros da série. Toca a esperar mais um ano pra saber do final da história. Muito obrigada a minha amiga Nádia (sensatos 14 anos) que me cedeu o livro algumas horas sem ter terminado de ler ainda. Exatas oito horas de empréstimo. Há anos que eu não pegava um livro pra ler e simplesmente não conseguia parar até terminar! E isso depois de sete horas de viagem, uma gripe pesada e um plantão de Natal horroroso. Eram três e meia da manhã quando terminei e não me arrependi nem um pouco.
Pra quem curte: a autora conseguiu amadurecer os personagens (afinal, a turminha já tem 16 anos), envelhecer (com as boas e más consequências da velhice) Dumbledore, tornar Snape ainda mais dúbio, os gêmeos mais sensatos e a escola cada vez mais desejável pra nós, simples mortais. Destaque pra atualíssima e plausível cena do primeiro-ministro inglês. Só faltou dizer que aqueles ataques terroristas no metrô foram obra de Voldermort. Quem sabe?

Minha amiga Kátia, aquela de 25 anos de amizade (e tia de Nádia), deve ter cansado de me emprestar "Le Fantôme de Canterville", de Oscar Wilde, que lhe dei de presente
há alguns anos, ou simplesmente reconheceu que amo a história e conseguiu encontrar um exemplar bilíngue! Entre o original em inglês e a tradução francesa, vou curtindo esse e outros contos. Sem falar na vantagem do livro durar mais, uma vez que leio mais devagar (ou na velocidade das pessoas normais) em outra língua. Devo ter sido uma traça em alguma encarnação anterior pra devorar livros dessa maneira.

Na verdade, o presente foi de Doda (irmã de Kati). O presente de Kátia foi "A mesa voadora", do inimitável Veríssimo, que era do meu ex e estava me fazendo uma falta visceral. Uma coletânea de crônicas sobre comida, com destaque pra insuperável "De ressaca", uma das preferidas do ex e a quem agradeço a descoberta.

1o lugar, com mérito, para "Me leva Brasil", do Maurício Kubrusly, presente do irmão querido. Se você, como eu, curte sentar num alpendre de interior e tomar café ouvindo 'causos', vai amar as histórias. Desde que vi a entrevista do Maurício no Jô que fiquei louca pelo livro, talvez pela história de confundirem-no com o ...Pedro Bial! É, de fato, uma gente extraordinária essa dos confins do país. Melhor que essa foi pedirem o autógrafo pro mesmíssimo Kubrusly, chamando-o de Cid Moreira. Só lendo pra aproveitar e curtir.

Como meu irmão me conhece mesmo, só me deu o presente de Natal no Ano-Novo. Primeiro o aperitivo: um bloquinho de notas do Harry Potter, um chocolate e o aviso que o presente só vinha na semana seguinte. Meu irmão, sem dúvida.

Pra ficar beliscando entre esses, "Madame Bovary". Boa descrição de costumes e a prova que o consumismo desenfreado não precisa de cartão de crédito. Além de falta de amor-próprio e consideração ao marido, a moça também sofria de megalomania. Não admira o escândalo que causou quando foi publicado.

Uma vez que só tem Natal uma vez por ano, reconheço que preciso trabalhar mais pra manter meu vício.

3 comentários:

Viviane Fontoura disse...

Enquanto isso, seu presente está aqui, esperando que nós duas arrumemos um furo na agenda pra que ele possa chegar até você (o que vai ser difícil comigo trabalhando de segunda a sexta, e você nos findies!!!)

xxx

Vicky

Viviane Fontoura disse...

P.S.: House of D vai sair no Brasil em DVD mês que veeeeeeeeem!

Odessa Valadares disse...

Yes!!!!!! Seu presente tb está guardado, claro. Talvez uma noite dessas?
E concordo, o dublador do Jack Bauer está intragável!