quinta-feira, dezembro 30, 2010
De lua
Acende uma lua no céu
Toquinho/Vinícius de Moraes
Acende uma lua no céu
E muitas estrelas no olhar
E deixa-te linda e sem véu
Envolta num brando dossel de luar
Semeia de flores teu chão
E abre a janela aos perfumes do ar
E esquece tua porta entreaberta
Porque na hora certa
Verás teu poeta surgir
E entrar e abraçar-te chorando
E amar-te até quando
Tiver que partir
Fontes: letra (viniciusdemoraes.com.br), vídeo (Youtube)
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Vinícius de Moraes
Falando em Vinícius...
Suave amiga
'E eu pensarei: Que bom, nem é preciso respirar' (Cecília Meireles)
Não fui ao teu enterro, Suave Amiga.
Os enterros, eliminei-os de minha vida para que possa lembrar vivos os meus mortos. Quando os vejo morrer, ou lhes velo os despojos, ou os acompanho em seu último e inútil passeio, eles se vão pouco a pouco fazendo imparticipantes; deixam-se frios e reservados como hóspedes de uma longínqua Marienbad. Sim, Suave Amiga, muito esnobes ficam os mortos para meu gosto. Prefiro pensá-los em viagem, capazes de inesperadamente surgir em minha imaginação, como sucediam no meu tempo; vivos itinerantes, sempre partindo e sempre de volta. Porque, assim como eu, todos os meus amigos viajam muito.
Em algum lugar andarás agora, Suave Amiga, algum Tibete ou algum Nepal, a te moveres entre templos, levada pelo ímã do teu olhar de prata. Em algum lugar estará acontecendo o teu silêncio, a tua sombra, a tua dúvida. Ora deves parar em doce postura para ouvir de algum velho monge fórmulas mágicas capazes de imobilizar o tempo, dar voz às rosas, transformar tudo em distância; ora ensimesmar-te diante de horizontes infinitos até a evaporação total da carne feita bruma, feita nuvem, feitá pólen lunar: bruma, nuvem, pólen lunar habitados por imensos olhos verdilúcidos a caminharem para a grande treva fluida esgarçada de véus brancos.
Suave Amiga, que saudade antiga... Saudade de quando entravas na sala de mesas toscas e, à tua chegada, nós nos iluminávamos; e o teu olhar fazia tudo verde, mas não verde-que-te-quero-verde: verde-conta, verde-cecília, cristal verde. Era Manuel Bandeira, cujo beijo deves ainda guardar na face fria; era Ribeiro Couto, que nunca mais vai voltar de Belgrado e era eu nos meus 28 anos, investindo com a lança do Silêncio contra os cavaleiros do Som, em combate cinematográfico desigual; éramos nós, teus poetas, e eras tu, poeta nosso, poeta-nuvem, poeta-gaivota a pescar na névoa de teu mar os peixes luminosos de teus versos. Era outro dia, era outra fábula. De mesmo só havia uma grande vontade de chorar.
Suave Amiga, que cantiga triste... Que triste história a não contar mais nunca, essa do tempo que passa, do teu vulto avançando na penumbra da sala para logo se perder, da luz de teu sorriso e da calma dos teus olhos sem paz... Não importa onde estejas agora, nos caminhos do Sinai tangendo estrelas, ou a dormir num aquário no fundo de um lago, a graça de teu vulto acompanha nossos passos. À noite, em silêncio, pensamos em ti, ó poeta-pássaro, e sentimos o roçagar inaudível de tuas asas. Um dia, quando menos esperares, estaremos a teu lado. E eu sei que, inclinando graciosamente o corpo sobre o abismo, vigiarás nossa escalada e, no último lance, nos darás a mão. E tu serás para nós, teus poetas, a adorável cicerone desse mundo sem som onde hoje vagas ao sabor da inexistência de tudo, na imensa disponibilidade de quem não tem para onde ir. E nós talvez possamos escrever no grande quadro-negro incolor do espaço, como alunos aplicados, as primeiras palavras inexistentes da poesia que não foi.
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Vinícius de Moraes
Mais Vinícius
Mas, eu estava procurando outro texto do Vinícius, quando acabei encontrando a poesia pra Mr. Buster. Graças à internet, é possível ler praticamente tudo que o poetinha escreveu, em poesia, em prosa, em letras de música. É só acessar algo como o viniciusdemoreaes.com.br.
Da solidão
Sequioso de escrever um poema que exprimisse a maior dor do mundo, Poe chegou, por exclusão, à idéia da morte da mulher amada. Nada lhe pareceu mais definitivamente doloroso. Assim nasceu "O corvo": o pássaro agoureiro a repetir ao homem sozinho em sua saudade a pungente litania do "nunca mais".
Será esta a maior das solidões? Realmente, o que pode existir de pior que a impossibilidade de arrancar à morte o ser amado, que fez Orfeu descer aos Infernos em busca de Eurídice e acabou por lhe calar a lira mágica? Distante, separado, prisioneiro, ainda pode aquele que ama alimentar sua paixão com o sentimento de que o objeto amado está vivo. Morto este, só lhe restam dois caminhos: o suicídio, físico ou moral, ou uma fé qualquer. E como tal fé constitui uma possibilidade - que outra coisa é a Divina comédia para Dante senão a morte de Beatriz? - cabe uma consideração também dolorosa: a solidão que a morte da mulher amada deixa não é, porquanto absoluta, a maior solidão.
Qual será maior então? Os grandes momentos de solidão, a de Jó, a de Cristo no Horto, tinham a exaltá-la uma fé. A solidão de Carlitos, naquela incrível imagem em que ele aparece na eterna esquina no final de Luzes da cidade, tinha a justificá-la o sacrifício feito pela mulher amada. Penso com mais frio n'alma na solidão dos últimos dias do pintor Toulouse-Lautrec, em seu leito de moribundo, lúcido, fechado em si mesmo, e no duro olhar de ódio que deitou ao pai, segundos antes de morrer, como a culpá-lo de o ter gerado um monstro. Penso com mais frio n'alma ainda na solidão total dos poucos minutos que terão restado ao poeta Hart Crane, quando, no auge da neurastenia, depois de se ter jogado ao mar, numa viagem de regresso do México para os Estados Unidos, viu sobre si mesmo a imensa noite do oceano imenso à sua volta, e ao longe as luzes do navio que se afastava. O que se terão dito o poeta e a eternidade nesses poucos instantes em que ele, quem sabe banhado de poesia total, boiou a esmo sobre a negra massa líquida, à espera do abandono?
Solidão inenarrável, quem sabe povoada de beleza... Mas será ela, também, a maior solidão? A solidão do poeta Rilke, quando, na alta escarpa sobre o Adriático, ouviu no vento a música do primeiro verso que desencadeou as Elegias de Duino, será ela a maior solidão?
Não, a maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre.
Da solidão
Sequioso de escrever um poema que exprimisse a maior dor do mundo, Poe chegou, por exclusão, à idéia da morte da mulher amada. Nada lhe pareceu mais definitivamente doloroso. Assim nasceu "O corvo": o pássaro agoureiro a repetir ao homem sozinho em sua saudade a pungente litania do "nunca mais".
Será esta a maior das solidões? Realmente, o que pode existir de pior que a impossibilidade de arrancar à morte o ser amado, que fez Orfeu descer aos Infernos em busca de Eurídice e acabou por lhe calar a lira mágica? Distante, separado, prisioneiro, ainda pode aquele que ama alimentar sua paixão com o sentimento de que o objeto amado está vivo. Morto este, só lhe restam dois caminhos: o suicídio, físico ou moral, ou uma fé qualquer. E como tal fé constitui uma possibilidade - que outra coisa é a Divina comédia para Dante senão a morte de Beatriz? - cabe uma consideração também dolorosa: a solidão que a morte da mulher amada deixa não é, porquanto absoluta, a maior solidão.
Qual será maior então? Os grandes momentos de solidão, a de Jó, a de Cristo no Horto, tinham a exaltá-la uma fé. A solidão de Carlitos, naquela incrível imagem em que ele aparece na eterna esquina no final de Luzes da cidade, tinha a justificá-la o sacrifício feito pela mulher amada. Penso com mais frio n'alma na solidão dos últimos dias do pintor Toulouse-Lautrec, em seu leito de moribundo, lúcido, fechado em si mesmo, e no duro olhar de ódio que deitou ao pai, segundos antes de morrer, como a culpá-lo de o ter gerado um monstro. Penso com mais frio n'alma ainda na solidão total dos poucos minutos que terão restado ao poeta Hart Crane, quando, no auge da neurastenia, depois de se ter jogado ao mar, numa viagem de regresso do México para os Estados Unidos, viu sobre si mesmo a imensa noite do oceano imenso à sua volta, e ao longe as luzes do navio que se afastava. O que se terão dito o poeta e a eternidade nesses poucos instantes em que ele, quem sabe banhado de poesia total, boiou a esmo sobre a negra massa líquida, à espera do abandono?
Solidão inenarrável, quem sabe povoada de beleza... Mas será ela, também, a maior solidão? A solidão do poeta Rilke, quando, na alta escarpa sobre o Adriático, ouviu no vento a música do primeiro verso que desencadeou as Elegias de Duino, será ela a maior solidão?
Não, a maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre.
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Vinícius de Moraes
Quase 30 anos depois...
...reencontrei a poesia de Vinícius que li uma única vez e me encantei (pra variar, aconteceu na Escola Doméstica). Acho que foi naquele instante que aprendi que não existe apenas amor entre pessoas, e que existe mais de um modo de amar um país além do 'ser patriota', tão enfatizado em minha infância trans-ditadura. É fantástico perceber que, tirando um detalhe ou outro, tudo se encaixa nos dias de hoje. Isso é escrever bem, anônimo leitor. Por isso:
Olhe aqui, Mr. Buster *
* Este poema é dedicado a um americano simpático, extrovertido e podre de rico, em cuja casa estive poucos dias antes de minha volta ao Brasil, depois de cinco anos de Los Angeles, EUA. Mr. Buster não podia compreender como é que eu, tendo ainda o direito de permanecer mais um ano na Califórnia, preferia, com grande prejuízo financeiro, voltar para a "Latin America", como dizia ele. Eis aqui a explicação, que Mr. Buster certamente não receberá, a não ser que esteja morto e esse negócio de espiritismo funcione.
Olhe aqui, Mr. Buster: está muito certo
Que o Sr. tenha um apartamento em Park Avenue e uma casa em Beverly Hills.
Está muito certo que em seu apartamento de Park Avenue
O Sr. tenha um caco de friso do Partenon, e no quintal de sua casa em Hollywood
Um poço de petróleo trabalhando de dia para lhe dar dinheiro e de noite para lhe dar insônia
Está muito certo que em ambas as residências
O Sr. tenha geladeiras gigantescas capazes de conservar o seu preconceito racial
Por muitos anos a vir, e vacuum-cleaners com mais chupo
Que um beijo de Marilyn Monroe, e máquinas de lavar
Capazes de apagar a mancha de seu desgosto de ter posto tanto dinheiro em vão na guerra da
Coréia.
Está certo que em sua mesa as torradas saltem nervosamente de torradeiras automáticas
E suas portas se abram com célula fotelétrica. Está muito certo
Que o Sr. tenha cinema em casa para os meninos verem filmes de mocinho
Isto sem falar nos quatro aparelhos de televisão e na fabulosa hi-fi
Com alto-falantes espalhados por todos os andares, inclusive nos banheiros.
Está muito certo que a Sra. Buster seja citada uma vez por mês por Elsa Maxwell
E tenha dois psiquiatras: um em Nova York, outro em Los Angeles, para as duas "estações" do
ano.
Está tudo muito certo, Mr. Buster - o Sr. ainda acabará governador do seu estado
E sem dúvida presidente de muitas companhias de petróleo, aço e consciências enlatadas.
Mas me diga uma coisa, Mr. Buster
Me diga sinceramente uma coisa, Mr. Buster:
O Sr. sabe lá o que é um choro de Pixinguinha?
O Sr. sabe lá o que é ter uma jabuticabeira no quintal?
O Sr. sabe lá o que é torcer pelo Botafogo?
Fonte: Vinícius de Moraes.com.br
Olhe aqui, Mr. Buster *
* Este poema é dedicado a um americano simpático, extrovertido e podre de rico, em cuja casa estive poucos dias antes de minha volta ao Brasil, depois de cinco anos de Los Angeles, EUA. Mr. Buster não podia compreender como é que eu, tendo ainda o direito de permanecer mais um ano na Califórnia, preferia, com grande prejuízo financeiro, voltar para a "Latin America", como dizia ele. Eis aqui a explicação, que Mr. Buster certamente não receberá, a não ser que esteja morto e esse negócio de espiritismo funcione.
Olhe aqui, Mr. Buster: está muito certo
Que o Sr. tenha um apartamento em Park Avenue e uma casa em Beverly Hills.
Está muito certo que em seu apartamento de Park Avenue
O Sr. tenha um caco de friso do Partenon, e no quintal de sua casa em Hollywood
Um poço de petróleo trabalhando de dia para lhe dar dinheiro e de noite para lhe dar insônia
Está muito certo que em ambas as residências
O Sr. tenha geladeiras gigantescas capazes de conservar o seu preconceito racial
Por muitos anos a vir, e vacuum-cleaners com mais chupo
Que um beijo de Marilyn Monroe, e máquinas de lavar
Capazes de apagar a mancha de seu desgosto de ter posto tanto dinheiro em vão na guerra da
Coréia.
Está certo que em sua mesa as torradas saltem nervosamente de torradeiras automáticas
E suas portas se abram com célula fotelétrica. Está muito certo
Que o Sr. tenha cinema em casa para os meninos verem filmes de mocinho
Isto sem falar nos quatro aparelhos de televisão e na fabulosa hi-fi
Com alto-falantes espalhados por todos os andares, inclusive nos banheiros.
Está muito certo que a Sra. Buster seja citada uma vez por mês por Elsa Maxwell
E tenha dois psiquiatras: um em Nova York, outro em Los Angeles, para as duas "estações" do
ano.
Está tudo muito certo, Mr. Buster - o Sr. ainda acabará governador do seu estado
E sem dúvida presidente de muitas companhias de petróleo, aço e consciências enlatadas.
Mas me diga uma coisa, Mr. Buster
Me diga sinceramente uma coisa, Mr. Buster:
O Sr. sabe lá o que é um choro de Pixinguinha?
O Sr. sabe lá o que é ter uma jabuticabeira no quintal?
O Sr. sabe lá o que é torcer pelo Botafogo?
Fonte: Vinícius de Moraes.com.br
Atualizando:
Lista de antibióticos que devem ser prescritos em 2 vias:
Do site do CREMEPE:
ANTIBIÓTICOS
Anvisa altera lista de substâncias sob controle e publica nota
Foi atualizada a lista de antimicrobianos (categoria que inclui os antibióticos) de uso sob prescrição médica cuja venda deve ocorrer apenas mediante retenção de receita em farmácias e drogarias, conforme determina a RDC 44 de 2010.A RDC 61, publicada na quarta-feira (22/12), alterou o anexo da norma anterior, incluindo na relação mais 26 princípios ativos. Outras cinco substâncias foram retiradas da lista, que agora passa a ter 119 substâncias sob controle.
As substâncias excluídas são: 5-fluorocitosina, griseofulvina, nistatina, fenilazodiaminopiridina e sulfadoxina. Além disso, corrigiu-se a grafia da substância talilsulfatiazol para Ftalilsulfatiazol. A resolução já está em vigor.
Confira a relação atualizada de substâncias
Acesse a RDC 61 de 2010
Nota técnica - A Agência também elaborou uma Nota Técnica com o objetivo de esclarecer dúvidas dos profissionais de saúde e usuários em relação às determinações da RDC 44 de 2010.
Duas vias - A Nota Técnica deixa claro que, ao usar a expressão "receita de controle especial", a RDC nº 44/2010 refere-se a uma receita simples, prescrita em duas vias e contendo as informações exigidas.
Ainda segundo o documento, as informações relacionadas à identificação do comprador e ao registro da dispensação (entrega do medicamento ao consumidor pelo farmacêutico) devem ser preenchidas no momento da venda. Esse procedimento é de responsabilidade do estabelecimento farmacêutico.
Deve ser prescrito apenas um medicamento por receita. Além disso, a receita só poderá ser aviada (entregue à farmácia) uma vez, não podendo ser reutilizada para outras compras.
Controles - Ainda pela Nota Técnica, as farmácias que não comercializam medicamentos, como as dos postos de saúde públicos e as hospitalares, que não estão inseridas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), devem manter os controles já existentes.
Já as farmácias públicas que comercializam medicamentos devem registrar as vendas de antibióticos em Livro de Registro ou por meio de sistema informatizado aprovado pela vigilância sanitária local.
As farmácias e drogarias privadas, conforme exigido pela RDC nº44/2010, desde 28/11/10 já realizam a retenção das receitas e a partir de 25/04/11 começarão a escriturar as vendas no SNGPC.
Veja o que determina a RDC 44 de 2010
Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Fonte: Anvisa.
Do site do CREMEPE:
ANTIBIÓTICOS
Anvisa altera lista de substâncias sob controle e publica nota
Foi atualizada a lista de antimicrobianos (categoria que inclui os antibióticos) de uso sob prescrição médica cuja venda deve ocorrer apenas mediante retenção de receita em farmácias e drogarias, conforme determina a RDC 44 de 2010.A RDC 61, publicada na quarta-feira (22/12), alterou o anexo da norma anterior, incluindo na relação mais 26 princípios ativos. Outras cinco substâncias foram retiradas da lista, que agora passa a ter 119 substâncias sob controle.
As substâncias excluídas são: 5-fluorocitosina, griseofulvina, nistatina, fenilazodiaminopiridina e sulfadoxina. Além disso, corrigiu-se a grafia da substância talilsulfatiazol para Ftalilsulfatiazol. A resolução já está em vigor.
Confira a relação atualizada de substâncias
Acesse a RDC 61 de 2010
Nota técnica - A Agência também elaborou uma Nota Técnica com o objetivo de esclarecer dúvidas dos profissionais de saúde e usuários em relação às determinações da RDC 44 de 2010.
Duas vias - A Nota Técnica deixa claro que, ao usar a expressão "receita de controle especial", a RDC nº 44/2010 refere-se a uma receita simples, prescrita em duas vias e contendo as informações exigidas.
Ainda segundo o documento, as informações relacionadas à identificação do comprador e ao registro da dispensação (entrega do medicamento ao consumidor pelo farmacêutico) devem ser preenchidas no momento da venda. Esse procedimento é de responsabilidade do estabelecimento farmacêutico.
Deve ser prescrito apenas um medicamento por receita. Além disso, a receita só poderá ser aviada (entregue à farmácia) uma vez, não podendo ser reutilizada para outras compras.
Controles - Ainda pela Nota Técnica, as farmácias que não comercializam medicamentos, como as dos postos de saúde públicos e as hospitalares, que não estão inseridas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), devem manter os controles já existentes.
Já as farmácias públicas que comercializam medicamentos devem registrar as vendas de antibióticos em Livro de Registro ou por meio de sistema informatizado aprovado pela vigilância sanitária local.
As farmácias e drogarias privadas, conforme exigido pela RDC nº44/2010, desde 28/11/10 já realizam a retenção das receitas e a partir de 25/04/11 começarão a escriturar as vendas no SNGPC.
Veja o que determina a RDC 44 de 2010
Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Fonte: Anvisa.
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quarta-feira, dezembro 29, 2010
É, estou mesmo acreditando:
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terça-feira, dezembro 28, 2010
Será?
Descubra se você é nerd, no 'Byte que eu gosto'.
Exam Finished
You got 9 correct out of 10.
(De 7 a 9 pontos: você é nerd de carteirinha e tem uma fantasia de storm trooper no seu armário)
Pronto. Posso comprar essa ou aquela ali:
Imagens: CafePress.
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(De 7 a 9 pontos: você é nerd de carteirinha e tem uma fantasia de storm trooper no seu armário)
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In Memorian
But what am I?
An infant crying in the night:
An infant crying for the light:
And with no language but a cry.
from "In Memoriam" - Alfred, Lord Tennyson
Estou me sentindo 'La Femme au chapeau noir' (by Jack Vettriano). Aparentemente controlada por fora, arrasada por dentro.
Quer entender com o que parecia com minha escola? 'O Sorriso de Monalisa', politicamente correto ou não. Quem batalhou pela evolução, por nossa entrada no mercado de trabalho, foi nossa diretora. Tipo a Julia Roberts no filme em questão.
(Quão descontrolada uma pessoa deve estar para que acreditem que há algo de muito, muito errado? Perdi essa aula)
An infant crying in the night:
An infant crying for the light:
And with no language but a cry.
from "In Memoriam" - Alfred, Lord Tennyson
Estou me sentindo 'La Femme au chapeau noir' (by Jack Vettriano). Aparentemente controlada por fora, arrasada por dentro.
Quer entender com o que parecia com minha escola? 'O Sorriso de Monalisa', politicamente correto ou não. Quem batalhou pela evolução, por nossa entrada no mercado de trabalho, foi nossa diretora. Tipo a Julia Roberts no filme em questão.
(Quão descontrolada uma pessoa deve estar para que acreditem que há algo de muito, muito errado? Perdi essa aula)
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segunda-feira, dezembro 27, 2010
Respondendo:
Um anônimo leitor leu um dos posts da mudança e perguntou sobre soluções pra pias com coluna. Só assim eu postava essas tais fotos. A desculpa pra demora é válida: uma das medicações está me dando severos tremores, então fica difícil focalizar qualquer objeto assim. Os tremores significam que tenho mais uma poçãozinha mágica diária, mas vamos à resposta sobre a pia. Sim, achei algumas soluções na internet, mas gostei mais da minha (sem quebrar nada, aproveitando o que tinha em casa).
Se você tem um banheiro pequeno, com uma pia com coluna, pode:
a) procurar um móvel específico pra encaixar sob a pia (tem na Tok&Stok, e no próprio post da pia com coluna),
b) encomendá-lo a um marceneiro,
c) partir pra usar outros espaços disponíveis no banheiro (como eu fiz).
A primeira alternativa foi uma fruteira de plástico, como pode ser visto em outro post. Uma solução baratíssima, convenhamos.
Como eu queria desocupar parte do meu guarda-roupa, e trazer as toalhas pro banheiro, arranjei outro uso pra fruteira e coloquei um antigo baú de vime (em boas condições) entre a pia e o vaso sanitário. Dentro dele, organizadores com papel higiênico, embalagens plásticas para toalhas, etc. Não consegui deixar as toalhas soltas dentro do baú, como não consigo deixar rolos de papel higiênico descobertos. Acho anti-higiênico. É muito bonitinho na foto da revista, mas eu só penso em barata, coliforme fecal...
(Um adendo: Reaproveitei as embalagens que vieram com lençóis e edredons, com zíper, mas em locais onde o clima varia muito, como aqui, guardar toalhas em embalagens plásticas sem ventilação não é uma boa idéia, no entanto ainda não deu pra comprar organizadores de tamanho compatível. Ah, vime também não é um bom material pra um cômodo úmido, mas pode ser impermeabilizado com verniz selante, ou mesmo tinta a óleo.)
Sobre o baú, coloquei cestinhas com frascos contendo o que uso no dia a dia: escova, pasta, pente, algodão, sabonete pro rosto, e usei o mesmo modelo de frasco pra decorar com conchinhas que coleciono há décadas.
Esse espelho foi colocado segundo aquela fórmula de Física, do 2o grau, me permite uma visão de corpo inteiro, e custou uma besteira. Está sendo customizado aos poucos. Pintei a moldura de branco, vou colar umas conchinhas, e comprar outro pra pôr em cima da pia.
Note que aproveitei o espaço entre a parede e o vaso sanitário, entre o vaso e o próprio baú, pra colocar lixeira, container com material de limpeza; espaço atrás da porta pra cesto de roupa e essa semana um cabide será pregado atrás da porta também.
Em desespero por espaço, prateleiras podem ser colocadas até sob a pia, mas há diversas soluções bonitas, de prateleiras sobre a pia, altas o bastante pra não se bater a cabeça. O blog Casa de nós 2 mostrou uma das tendências: armários sobre o vaso sanitário.
A maioria das boas idéias, no Achados de Decoração, numa seção só pra banheiros e lavabos.
No site da Marta Stewart, há mais idéias, mas as opções comuns são nichos ou cubos, prateleiras, uso incomum de objeto com outra função (como uma sapateira), apenas com o essencial ou possível do uso diário. As toalhas sobressalentes, etc, seriam guardadas num armário no corredor, no dormitório, até no escritório. Ou, você pode chamar um profissional pra fazer um orçamento. A surpresa pode ser boa.
Sabe que isso dava uma boa matéria pra 'Minha casa'? Os editores adoram sugestões dos leitores. Só não me peçam isso, no momento. Nem sei o que me prendeu até agora, nesta cadeira.
Se você tem um banheiro pequeno, com uma pia com coluna, pode:
a) procurar um móvel específico pra encaixar sob a pia (tem na Tok&Stok, e no próprio post da pia com coluna),
b) encomendá-lo a um marceneiro,
c) partir pra usar outros espaços disponíveis no banheiro (como eu fiz).
A primeira alternativa foi uma fruteira de plástico, como pode ser visto em outro post. Uma solução baratíssima, convenhamos.
Como eu queria desocupar parte do meu guarda-roupa, e trazer as toalhas pro banheiro, arranjei outro uso pra fruteira e coloquei um antigo baú de vime (em boas condições) entre a pia e o vaso sanitário. Dentro dele, organizadores com papel higiênico, embalagens plásticas para toalhas, etc. Não consegui deixar as toalhas soltas dentro do baú, como não consigo deixar rolos de papel higiênico descobertos. Acho anti-higiênico. É muito bonitinho na foto da revista, mas eu só penso em barata, coliforme fecal...
(Um adendo: Reaproveitei as embalagens que vieram com lençóis e edredons, com zíper, mas em locais onde o clima varia muito, como aqui, guardar toalhas em embalagens plásticas sem ventilação não é uma boa idéia, no entanto ainda não deu pra comprar organizadores de tamanho compatível. Ah, vime também não é um bom material pra um cômodo úmido, mas pode ser impermeabilizado com verniz selante, ou mesmo tinta a óleo.)
Sobre o baú, coloquei cestinhas com frascos contendo o que uso no dia a dia: escova, pasta, pente, algodão, sabonete pro rosto, e usei o mesmo modelo de frasco pra decorar com conchinhas que coleciono há décadas.
Esse espelho foi colocado segundo aquela fórmula de Física, do 2o grau, me permite uma visão de corpo inteiro, e custou uma besteira. Está sendo customizado aos poucos. Pintei a moldura de branco, vou colar umas conchinhas, e comprar outro pra pôr em cima da pia.
Note que aproveitei o espaço entre a parede e o vaso sanitário, entre o vaso e o próprio baú, pra colocar lixeira, container com material de limpeza; espaço atrás da porta pra cesto de roupa e essa semana um cabide será pregado atrás da porta também.
Em desespero por espaço, prateleiras podem ser colocadas até sob a pia, mas há diversas soluções bonitas, de prateleiras sobre a pia, altas o bastante pra não se bater a cabeça. O blog Casa de nós 2 mostrou uma das tendências: armários sobre o vaso sanitário.
A maioria das boas idéias, no Achados de Decoração, numa seção só pra banheiros e lavabos.
No site da Marta Stewart, há mais idéias, mas as opções comuns são nichos ou cubos, prateleiras, uso incomum de objeto com outra função (como uma sapateira), apenas com o essencial ou possível do uso diário. As toalhas sobressalentes, etc, seriam guardadas num armário no corredor, no dormitório, até no escritório. Ou, você pode chamar um profissional pra fazer um orçamento. A surpresa pode ser boa.
Sabe que isso dava uma boa matéria pra 'Minha casa'? Os editores adoram sugestões dos leitores. Só não me peçam isso, no momento. Nem sei o que me prendeu até agora, nesta cadeira.
Estrela
Hoje é aniversário de Fê. Eu lembrei, telefonei, mas fiquei devendo o abraço, o presente e o bom-astral. Fiquei quebrando a cabeça, à procura de uma boa imagem de estrela, até me lembrar que algumas pessoas têm tanto brilho que dispensam algo mais.
Falando em Fernanda, foi ela quem me iniciou na linguagem html, logo, nada mais justo:
Saudade, querida.
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domingo, dezembro 26, 2010
Vontade de sumir
The Lake Isle Of Innisfree
William Butler Yeats
I WILL arise and go now, and go to Innisfree,
And a small cabin build there, of clay and wattles made:
Nine bean-rows will I have there, a hive for the honey-bee,
And live alone in the bee-loud glade.
And I shall have some peace there, for peace comes dropping slow,
Dropping from the veils of the mourning to where the cricket sings;
There midnight's all a glimmer, and noon a purple glow,
And evening full of the linnet's wings.
I will arise and go now, for always night and day
I hear lake water lapping with low sounds by the shore;
While I stand on the roadway, or on the pavements grey,
I hear it in the deep heart's core.
Tradução aqui.
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