Então, que veio aquele monte de gente aqui pra casa ontem. Tirando o cheiro do tinner, nada mais me incomodou. A lagartixa, que mora ali no pergolado, colocou a cabecinha pra espiar umas duzentas e dez vezes, como quem supervisiona tudo, mas continuo achando que ela estava era doidona com o cheiro do tinner.
Como ninguém conseguia encontrar a cerâmica igual, o pedreiro usou sobras da antiga e fez uma espécie de mosaico no piso do Box. Não ficou belíssimo, mas não está mal. Ele também colocou um degrauzinho pra impedir que passe água do pergolado pra sala de jantar, caso chova demais.
Mal se mandaram, fui fazer faxina. Limpar o verniz que salpicou, apesar do cuidado do pintor, varrer a areia que entrou mesmo com todo mundo batendo os pés, ajeitar uma ou duas plantas que alguém pisou sem querer. Aproveitei pra transplantar outro tanto de plantas, numa tentativa desesperada de ver o chão do pergolado. Desde que me mudei, não consegui lavar aquilo, de tanta planta. A sorte é que tem chovido regularmente, o que mantém todas bem verdinhas. Minha única obrigação é colocar água nas alfaces (que vão indo bem, obrigada). Oito e meia da noite, e eu ainda passava pano na casa, depois de carregar um monte de bulbos de lírio e terra. Ainda deixei pra hoje a ingrata tarefa de limpar a poeira que se acumulou nos móveis, depois do pintor lixar as portas.
Pra você que não sabe, o pior não é a reforma ou construção. É a limpeza depois. O mesmo pra mudança. Transportar a mudança é mais fácil, a meu ver, que arrumar tudo. Ao longo dos anos, você acumula objetos e móveis. Se morava numa casa grande, a tendência é adquirir mais móveis. Igualzinho a bolsa grande, sabe como é? Quando você vê, está carregando cinco quilos de coisinhas dispensáveis. Eu tento não acumular tralha, mas amo ler e reler as mesmas obras, adoro ver e rever os mesmos filmes, e sempre aparece uma obra nova.
Enfim, consegui colocar um terço das plantas pra fora e comecei a retocar as manchas de verniz na parede. Só não terminei essa parte porque a diluição da tinta parece não ser igual à que foi feita anteriormente (pelo pintor). Onde retoquei, ficou mais branco que o branco da parede, embora a cor seja a mesma. O que era uma tarefa de vinte minutos virou um trabalhão de duas horas, que ainda não terminou. Há sempre alguma coisa, não é?
Estou imaginando quando outubro chegar e meus lírios, amarílis, ou o que sejam, começarem a florir. Eles são cor de laranja, como esses embaixo, e a parede é ‘flamingo’, uma espécie de salmão (a cor, não o peixe, viu hermano?). Acho que vai ficar bonito.
Essa é a semana de cuidar do escritório e sala de jantar. Vamos pendurar alguns quadros e procurar tinta vermelha?
Um comentário:
"A lagartixa, que mora ali no pergolado, colocou a cabecinha pra espiar umas duzentas e dez vezes, como quem supervisiona tudo, mas continuo achando que ela estava era doidona com o cheiro do tinner."
Hahahahahahahaha! Boboca!
"Minha única obrigação é colocar água nas alfaces (que vão indo bem, obrigada)."
Conseguiu "ressucitar" as bichinhas?
"Estou imaginando quando outubro chegar e meus lírios, amarílis, ou o que sejam, começarem a florir. Eles são cor de laranja, como esses embaixo, e a parede é ‘flamingo’, uma espécie de salmão (a cor, não o peixe, viu hermano?). Acho que vai ficar bonito."
POR FAVOR, coloque fotos!
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