quinta-feira, julho 29, 2010

E...

...voltei, finalmente. Espero que esse servidor funcione, porque as primeiras horas já foram seguidas de uma ligação pro pessoal do suporte.

Quando eu cancelei o serviço anterior, continuei escrevendo posts pro blog, que nunca postava, até que parei. As boas notícias são: o pergolado está praticamente pronto, quase tudo está pendurado e as tintas já foram compradas. No entanto, eu descompensei feio, um dos motivos pra não procurar um novo servidor mais rápido. Agora estou melhor, então vamos aos últimos posts:

'sexta-feira, 30.07.10
Achei que sem a internet terminaria essa arrumação sem fim, mas as dores constantes nas articulações têm-me atrasado um bocado. Isso não tem ajudado meu humor também. Passei boa parte do dia cochilando e fiz um esforço sobre-humano pra fazer alguma coisa, qualquer coisa, até que o dia terminasse. Consegui terminar a remoção da tinta da caixa de brinquedo, depois de três longas semanas. Fiz algumas simulações pra decoração do dormitório, mas ainda não me decidi. Assim como não decidi o que fazer com a sala de visitas. O máximo que fiz por ela foi colocar protetores nos pés dos pufes. Não consegui trocar os pés dos pufes, falando nisso. Quanto aos quadros da Toscana, continuo sem saber o que fazer com eles. Acho que a sala ficaria muito escura com um sofá marrom e quadros com molduras pretas.
O que consegui fazer foi deixar o banheiro mais organizado. Ontem, vi um móvel que me pareceu perfeito, mas fiquei em dúvida quanto às medidas e 160 reais pareceu-me muito. Acabei me decidindo por um de meus baús de vime, que custou uns 30 reais há uns cinco anos. Arrumei todas as toalhas dentro dele e outras coisas que estavam na fruteira. Acabei com mais espaço no guarda-roupa por causa disso. Falta só um espelho e o banheiro ficará pronto.
Levei a fruteira pra área de serviço que é, sem favor nenhum, o cômodo mais desorganizado da casa, uma vez que sacudo tudo lá. Só perde pra sala da TV, mas é ali que faço o serviço de pintura. Ficou ainda mais bagunçada depois que tirei tudo de dentro do baú que levei pro banheiro.
Amanhã, pensei em acordar cedo pra procurar uma mesinha alta pro hall. O problema é o que colocar nela. Detesto objetos desnecessários, prefiro os utilitários. Preciso envernizar a janela do quarto, pintar algumas paredes (e comprar a tinta pra isso), pintar os suportes pra jardineiras (e comprá-las), cuidar das plantas, serrar e pintar prateleiras. Minhas juntas doem só de pensar.
A propósito, não sinto tanta falta assim da internet, só dos contatos que faço através dela. Enquanto isso, Mulder e Scully me fazem companhia.

06.08.10
Frio, muito frio a semana inteira. Ontem, as dores diminuíram, mas a vontade de fazer qualquer coisa permanece ausente. Durante o domingo, envernizei (finalmente) a janela do dormitório. Também consegui arranhar o antebraço e arrancar um pedaço da pele do pé. Estou cada dia mais estabanada e preguiçosa. Resolvi colocar fertilizante químico nas plantas, algo que sempre fiz, e consegui matar quase todos os pés de alface. Não me pergunte como. Eu segui as instruções da caixa. Trouxe umas mudas de zínia e hortelã da folha miúda, há alguns dias, e espero que sobrevivam. Por via das dúvidas, tenho evitado até pisar no pergolado, já que voltou a chover. As plantas não precisam de mim, pelo que vejo.
Pintei a tampa da caixa de madeira, mas nada me anima a continuar o serviço. Na verdade, não fiz nada a semana inteira. Chego e vou direto pra cama. Em algumas manhãs, não iria trabalhar, se me fosse permitido.
Ando pensando seriamente em me desfazer do resto dos meus pertences e sair pelo mundo. Alguém quer alguma coisa?

07.08.10
Hoje, fui pagar o aluguel. A locadora perguntou se estava tudo em paz por aqui. Eu comentei que tenho um vizinho barulhento. Na verdade, mais de um. Quando não é alguma mãe gritando pelo filho, é alguma criança falando aos berros com outra. Esses são os que me incomodam menos. O pior mesmo é a musica, alta e ruim. Minto. O pior é que me dei conta que não escrevo de fato há meses. Primeiro, era o problema com a casa antiga, depois era a mudança. E agora? Não consigo escrever. A bem da verdade, não consigo nem arrumar a casa de uma vez. Recomecei a pintura da caixa de madeira e ficou tão ruim que tive que remover toda a tinta. A tinta no meu casaco saiu com tinner, mas o cheiro do removedor não. A calça jeans continua manchada. Vai ser preciso muito tinner pra que fique limpa novamente.
Eu deveria devolver a furadeira essa semana, mas não coloquei as cortinas, nem mesmo pendurei as vassouras. O que consegui foi respingar tinta no rack da TV. Desisti de decorar a casa. Desisti mesmo. Depois que as alfaces se foram, que o orégano não pegou, etc, etc, vi que não nasci mesmo pra brincar de casinha. Estou na dúvida entre um trailer (e nunca fui muito fã de carros) e uma casinha mínima, em algum loteamento à beira da estrada, por um preço mínimo. Ou uma grande doação e entrar nos Médicos sem Fronteiras. Minha mãe me desencorajou pra algo assim por anos, mas ando descobrindo que nem tudo que ela me aconselhava bate com o que sou capaz.
Eu também pretendia escrever muito mais, no entanto as palavras se foram. Meio difícil pensar, no meio dessa barulheira.

16.08.10
Descobri nesse fim de semana que a cidade está sem água há uns dez dias. Como assim, ‘eu não sei de nada’? Eu tenho duas caixas d’água e passo o dia inteiro fora de casa, né? Obrigada quem me deu a idéia da segunda caixa. Está sendo providencial. A versão oficial é que fizeram algum serviço (mal feito) numa adutora e quando reabriram, a água rompeu tudo, ou algo assim. Ainda bem que não lavei roupa esses dias. A bem da verdade, varrer a casa foi um feito.
E hoje eu soube que parte da produção de alfaces do sítio onde trabalho, foi perdida por causa do frio. Como assim, ‘frio assim em Pernambuco’? Quando eu digo que vivo morrendo de frio, que tenho dores nas juntas por causa do frio, parece frescura. O lado legal é que posso alegar a mesma desculpa por perder quase toda minha produção de alface, mas imagino que a razão continua sendo o adubo. Eu sempre disse que não tinha o dedo verde. Aliás, do Maurice Druon só tenho ‘Os reis Malditos’. Thanks, Vicky, por começar a coleção. Espero ansiosa o seu retorno.
Devagar, quase duas décadas de miçangas estão virando colares pra decoração. Minha cunhada viu a foto no blog e ficou se perguntando como eu vou alcançá-los, mas já avisei que vou me inspirar na idéia simplesmente. Sem falar que meus colares são como backvocals pros verdadeiros vocalistas: os colares de Suzi. Acho que vou dar uma olhada na coleção nova e procurar algo pro meu aniversário.
Finalmente, pedi ajuda. Assim que tivermos água novamente, Hermano pinta por aqui, pra me ajudar a lambuzar algumas paredes e colocar alguns cabides. E pra trazer meu pé de tomate-cereja!!!! Nota: comprar húmus de minhoca pra ele.
Eu sei, eu disse pra arrumar logo a sala de visitas pra se sentir bem recebido por você mesma, mas quando você tem um cômodo enorme, um sofá de dois lugares e dois pufes fica um pouco difícil. Uma ervilha numa lata vazia, digo, três feijões marronzinhos numa lata vazia, é o que vejo quando abro a porta.
Saudade da internet. Preguiça de assinar com quem quer que seja.'

Um comentário:

Suzi disse...

Ai, Ju.
Espero que tudo melhore, que suas dores passem e recupere o ânimo e o humor. Mas renda-se ao cansaço, temporariamente, e hiberne o qto for preciso. Todos nós merecemos um retiro.
beijos