O que é pior: embalar ou desembalar a mudança?

Na minha saudosa escola, existe um lema: 'Um lugar pra coisa, cada coisa em seu lugar'. Parece que a Paula Fuzeto, do 'Chega de Bagunça' segue isso fielmente. Essa é a primeira das '50 dicas para organizar a casa' que ela está postando. Problema é colocar cada coisa em seu lugar, quando tudo ainda está procurando lugar. A segunda dica é instalar cabides, justamente o programa de amanhã. Haja buraco nas paredes, gente!

Hoje (ontem, porque é madrugada) foi dia de terminar de instalar os armários da cozinha - e encontrar um lugar pra cada coisa, porque se a distribuição dos móveis muda dentro da cozinha, muita coisa fica longe de onde deve. A gente só vai encontrando o lugar certo pra tudo à medida que vai usando.





Eu sei, ainda não tem fogão, mas eu cozinhei pouco esses dias, com viagem pra Recife e doença, fora o fato de ter estocado comida. Explico: quem mora sozinho tem algumas opções: comer fora ou pedir comida (muito caro), comprar comida quase pronta (você acaba enjoando e também é caro), só comer besteira (sem comentários), filar a bóia alheia (tem gente casada há vinte anos e ainda janta na casa da mãe) e, finalmente, fazer a própria comida. Cozinhar pra um é complicado. Eu faço uma panela de feijão, congelo em pequenas porções que duuuuuram tanto tempo que até esqueço quando fiz, não fosse a etiqueta de congelamento. Então, eu cozinho só pra mim, mas como direito, certo? Só que não dá pra preparar certos pratos num forno de microondas ou num forno elétrico, ou eu perdi essas aulas no curso técnico de Economia Doméstica. Brincadeira: esse tipo de eletrodoméstico não era comum na época, só isso.


(mesmo a foto não sendo tão boa, note a quantidade de marcadores da Suzi! Sem falar nos meus, que não têm franjinha)


Como prometi, aqui estão as estantes de livros e filmes, não completamente organizadas. Essa é a diferença entre arrumação e organização: um lugar organizado tem local certo pra tudo. Esses filmes e livros não estão nos lugares certinhos, só alinhados nas prateleiras, mas é melhor que nas caixas, com certeza. Já basta a baguncinha de papéis que está aos pés de uma das estantes e que ainda não consegui resolver.




A bagunça aconteceu por causa dos organizadores. O que era um monte de antigas caixas-arquivo (organizadas, com etiqueta, mas sempre aguardando tempo pra serem substituídas).



Parte do conteúdo virou lixo (abençoada seja aquela lei que substitui os 12 comprovantes por um só!), parte foi pros organizadores, com as devidas etiquetas. Infelizmente, na loja só havia três unidades compatíveis com o tamanho dos meus arquivos e meu bolso, daí ainda ter papel e revista médica empilhada por aqui, mas organizadores dessa marca são fáceis de encontrar. Anônimo leitor, você não acha mesmo que as caixas-arquivo fossem novinhas, o visual não fica bem melhor com essas caixas plásticas?

E antes que perguntem, eu não empresto, não alugo, não vendo e raramente faço doação de algum livro ou filme de minha coleção. Leio e releio certos livros há vinte anos, e não enjôo. Sinto saudade deles, certos dias, quando estou no trabalho. Eu costumava emprestar alguns, protocolando, só para pessoas íntimas, e tem livro até hoje que não voltou, tem mais de quatro anos. Nem ouse!

PS: O pedreiro-pintor passou o dia por aqui, de novo, colocando beirais nas janelas, portas e no pergolado. Quase terminou. Ficou faltando a janela do banheiro. Amanhã eu mostro por que eu quis beiral até no pergolado.