quinta-feira, junho 10, 2010

'Você se sente feliz por estar vivo?'

Hoje, eu estava estudando um questionário pra avaliar sintomas depressivos no idoso. Uma das perguntas era: 'Você se sente feliz por estar vivo?'. Foi quando me dei conta de como tudo está difícil.

Sinceramente, estou me lixando pra casa nova, pra mudança ou pra decoração do banheiro, mas é pra eu me manter ocupada, certo? Preciso avisar à médica que lítio e H2O são a mesma coisa. Como disse meu irmão: 'Ô céus, ô vida; quem foi que disse que ser esforçado, honesto, competente e direito vale a pena mesmo, hein?'

Bom, encontrei um pintor menos careiro, aceitei que só em Recife eu vou encontrar uma bancada pra banheiro sem o gabinete (se encontrar), descobri que o marido de uma paciente minha é gesseiro (e faz estantes por um preço acessível) e resgatei a camisa manchada pra tentar uma técnica usada na minha infância: quando a toalha estava desbotando, ia pra água sanitária e virava uma toalha branca. Ai, quando eu me lembro do azul do meu pijama...

Não gosto de me mudar. Passei a vida me mudando. Toda vez que a gente se ambienta, tem que se mudar. Tem que desarrumar tudo, etiquetar, embalar, transportar, ficar toda quebrada e, quase sempre, alguma coisa também fica quebrada. Guarda-roupas sofrem com mudanças. Sempre. Por melhor que sejam os carregadores, eles deixam marcas de dedos na geladeira que você deixou impecavelmente limpa, arranham a parte mais visível que algum móvel, quebram alguma planta. A gente deveria ser feito tartaruga, pra não ter que fazer mudança.

Planta baixa da casa


Planta baixa da casa (mobiliada)


Aqui pra nós: essa sala de estar é tão grande que dá pra fazer um hall. Que tal?

Nenhum comentário: